Câmara Itinerante mobiliza comunidade da região de Benfica Vinte e nove inscrições para manifestação de lideranças comunitárias, auditório do Centro Cultural Benfica totalmente ocupado, quatro horas e meia de reunião. A 50º Câmara Itinerante, realizada na região de Benfica, foi marcada pela ampla participação popular e dos vereadores, além da presença de representantes do Executivo, como o vice-prefeito José Eduardo Araújo. As reivindicações e propostas apresentadas serão levadas ao prefeito Alberto Bejani com a assinatura de todos os vereadores, conforme informou o presidente do Legislativo, vereador Vicente de Paula Oliveira (Vicentão-PTB).
Respondendo aos que reclamaram da taxa de água e esgoto, a primeira vice-presidente, Rose França (PTB), informou que a Promotoria do Meio Ambiente orientou a Cesama a não atender os loteamentos irregulares. A vereadora, entretanto, lembrou da existência de lei municipal, de autoria do vereador Eduardo Novy (PRP), determinando o contrário.
Ela convidou a comunidade a comparecer à Audiência Pública sobre a taxa de esgoto que acontece, a seu pedido, na próxima quarta-feira (20/04), às 15h. O primeiro vice-presidente Francisco Canalli (PTB) também convidou os moradores para uma audiência pública sobre Nova Benfica, convocada por ele, adiantando que serão feitos convites a várias diretorias e gerências da Prefeitura para responderem aos questionamentos.
O segundo secretário, Dr. Waldir, defendeu a transferência do Pronto Atendimento Infantil da Policlínica de Benfica para uma sede própria nas proximidades e ratificou seu compromisso de trabalho pela construção de um hospital na Zona Norte. Ele relatou avanços na saúde com a sua participação, lembrando que o funcionamento do Pronto Socorro Municipal junto com o Hospital Municipal foi uma de suas propostas de campanha.
Na educação, o vereador encabeçou o movimento pela retomada das atividades na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, o Polivalente de Benfica, depois de oito arrombamentos. Dr. Waldir chegou a organizar uma passeata com alunos em defesa do estabelecimento de ensino.
Isauro Calais (PDT) se uniu aos moradores na cobrança de um ortopedista, serviço de gesso e início de análises clínicas na Policlínica, considerando o transporte do material, através de moto, inadequado. Ainda se manifestou favorável ao aumento de investimentos municipais, estaduais e federais na Saúde.
Um relato de iniciativas em defesa da região foi feito por Bruno Siqueira (PMDB). O peemedebista solicitou asfaltamento para Nova Benfica e a continuidade da limpeza do córrego de Vila Esperança, com o uso de draga, para que sejam evitadas novas inundações.
A necessidade de limpeza dos bairros de toda Juiz de Fora foi enfatizada por João do Joaninho (PRP), que solicitou o início dos trabalhos pela região Norte. “Considero necessário tratarmos primeiro da parte emergencial,” ponderou. O vereador vai entrar em contato com o Demlurb reivindicando o serviço de imediato.
Ações desenvolvidas em favor dos carentes foram relatadas pelo Pastor Carlos, que anunciou a criação de uma oficina escola para jovens. A obra será realizada em uma área de 2 mil metros quadrados, na Rua Martins Barbosa. “Vamos atender, principalmente, à Vila Esperança I e II e Nova Benfica, com cursos de marceneiro, serralheiro, entre outros,” disse.
Também Eduardo Novy (PRP) aposta em cursos profissionalizantes no combate ao desemprego. Por isso, dá prosseguimento ao programa de inclusão digital, que possibilita curso gratuito de informática para jovens carentes.
Procura dar sua contribuição aos carentes também através de projetos de lei como o que prevê fornecimento, às creches cooperativas, da mesma quantidade de alimentos destinados às unidades municipais.
O primeiro secretário da Câmara, José Sóter Figueirôa (PMDB), lembrou de ações que desenvolveu, enquanto superintendente da Amac, também visando a promoção de crianças: o Curumim que atende a 150 jovens, o Bom de Bola Bom de Escola que recebe 300, a Casa do Pequeno Jardineiro e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
Paulo Rogério (PMDB) observou que o projeto Câmara Itinerante foi criado durante a sua gestão como presidente da Casa, para ampliar a participação popular junto ao Legislativo e Executivo. Esclareceu que o papel do vereador é fazer leis e fiscalizar o prefeito, mas observa que a cobrança da população é necessária para a execução dos dispositivos. Paulo Rogério afirmou também que a Câmara dispõe de vários mecanismos que possibilitam o acompanhamento de suas atividades de perto pela população.
Comunidade participa ativamente da Câmara Itinerante em Benfica
Dando mais uma vez exemplo de democracia participativa, cidadania e interesse pelas políticas públicas desenvolvidas pelo Município, a população de Benfica e região participou ativamente da Câmara Itinerante. Mais de 250 pessoas compareceram no Centro Cultural Benfica. Alguns dos participantes, alunos da Escola de Cidadania, que aconteceu uma semana antes da Câmara Itinerante, receberam seus diplomas das mãos dos vereadores e representantes do Executivo.
Os moradores de Benfica, em sua maioria, não concordam com a cobrança de taxa de esgoto e IPTU, considera, por eles, indevida. A comunidade esclarece que não existe limpeza urbana e coleta de lixo: “Nos queremos maior atenção com a Zona Norte, pois daqui sai 40% da contribuição da cidade, afirma o morador José Maria Moraes.
Já na Vila Esperança II, a reclamação é com a falta de infra-estrutura com a Policlínica de Benfica, que atende aos moradores da zona norte. A falta de transporte, que dificulta o acesso aos hospitais, localizados no centro da cidade, também é uma das queixas da comunidade.
O bairro Araújo precisa de mais iluminação pública, capina e limpeza das bocas de lobo, de acordo com os seus moradores. Obras de melhorias no colégio Francisco Faria também foram reivindicadas.
Os alagamentos e constantes enchentes são um dos principais problemas apresentados pelos moradores do bairro Araújo. Já as comunidades do Ponte Preta, Barreira do Triunfo e Jardim Fátima querem a construção de um posto de saúde, centro de recreação, obras de infra-estrutura, trabalhos voltados para comunidades carentes, reformas nos abrigos de ônibus, limpeza e passeio público.
A falta de escolas, cursinhos preparatórios para o vestibular e faculdades na região, também são reivindicações dos moradores. O desemprego também é uma reclamação geral da comunidade.
Resolver o problema da falta de água na ocupação da BR040, e maior atenção com as crianças, que sofrem de doenças de pele por falta de água encanada, além de capina e regularização do local são pedidos dos moradores da área.
O grande problema da Vila Esperança II são as mortes causadas pelas chuvas e soterramento de pessoas. Os moradores reclamam da falta de respaldo da Prefeitura para o bairro. Eles querem a canalização do córrego para acabar com o problema.
A comunidade do Náutico reclama da falta de horários de ônibus, que passam de duas em duas horas. No bairro, também não existe um colégio de segundo grau.
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