Projeto que proíbe giz à base de óxido de cálcio nas escolas pode entrar em votação

       Já está pronto para entrar em votação o projeto de lei do vereador José Emanuel Esteves de Oliveira (PSC) que proíbe a utilização de quadros negros e giz à base de óxido de cálcio em todas as escolas do sistema municipal de ensino.
       De acordo com a proposta de José Emanuel, os modelos serão substituídos por equipamentos que cumpram a mesma função e não contenham elementos ou substâncias alérgicas que comprometam a saúde do professor. “Pretendemos melhorar as condições de trabalho para os profissionais. Muitos professores ficam alérgicos, com problemas respiratórios e dermatológicos”, afirma José Emanuel. O vereador aponta como opção para uso nas escolas o quadro branco (melamínico) com canetas tipo pilots.
       O projeto teve aprovação do Sindicato dos Professores (Sinpro). A coordenadora da entidade, Fátima Barcelos, disse que a iniciativa do vereador é muito importante e vai beneficiar cerca de quatro mil profissionais. Ela explica que os professores da rede estadual ganham 20% de insalubridade pela exposição ao giz.
       A aposentadoria aos 25 anos de trabalho se dá não apenas pelo desgaste emocional, mas pela exposição continuada ao pó de giz. “Temos colegas que perderam suas impressões digitais, mas o giz ainda pode provocar doenças pulmonares e rinites”, diz Fátima Barcelos.
       

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