Durante a sexta reunião ordinária do quinto período desta quarta-feira, 23, a greve dos caminhoneiros foi assunto abordado por alguns vereadores. A manifestação que começou no domingo quer que o Governo Federal abaixe o preço dos combustíveis no país. A Petrobras adotou, a partir de julho do ano passado, uma política de reajustes quase que diários nos preços dos combustíveis nas refinarias. De lá para cá, o valor do diesel já avançou mais de 30%, enquanto o da gasolina, mais de 45% O Governo alega que o aumento é em função da instabilidade econômica.
“Estamos unidos e apoiando a categoria. São eles que transportam nossos valores por todo o Brasil, e estão pagando para trabalhar”, afirmou o vereador Dr. Adriano Miranda (PHS).
O vereador Cido Reis (PSB) disse que a falta de combustível afeta o cotidiano da população. Ressaltou que 47% do valor fica para a União, e outros 53% fica para o município e o Estado. “Quanto mais o valor do combustível aumenta, mais o Governo Federal arrecada. Por que não flexibilizar as alíquotas dos impostos neste período de alta dos combustíveis? Desse modo aliviaria o bolso dos brasileiros. O Governo precisa ter sensibilidade”, destacou.
Na tarde desta quarta-feira, 23, vários postos da cidade estavam vendendo a gasolina a R$4,99. “O Governo está fingindo que nada está acontecendo. Nós somos o décimo produtor mundial de gasolina, e pagamos um preço abusivo”, afirmou o vereador Dr. Antônio Aguiar (MDB).
Apesar do país ter aumentado sua produção petroleira, sobretudo, após a descoberta do pré-sal, em 17 dias foram feitos 11 reajustes nas bombas dos postos de combustível. “O Governo entregou o pré-sal a empresas estrangeiras, como a Shell, por exemplo. O aumento se deve a privatização das refinarias do Brasil, já que o refino feito fora daqui encarece o preço,” apontou o vereador Betão Lula da Silva (PT). Ao mesmo tempo em que o Governo sinalizou que deve abaixar em 1% o valor dos derivados do combustível, afirmou que vai repassar imposto para arrecadar em outras áreas.
Segundo o vereador Kennedy Ribeiro (MDB) o que assola a população é a carga tributária. “A greve é legítima e necessária. Esta Casa tem voz e precisamos ser a voz da população. Essa situação de impostos extremamente altos é desde sempre e ninguém suporta mais”, disse.
Reiterando a fala de Kennedy, o vereador Charlles Evangelista (PSL) explanou que a única solução para o cenário econômico do país, com impostos mais justos, seria a reforma tributária. “A eleição deste ano é oportunidade do Brasil ter uma chance de progredir, o povo vai poder se manifestar contra os abusos dos impostos através da urna. Esse país não tem como dar um passo sem esses profissionais que levam nossas riquezas por toda nossa nação”, alertou.
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