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Reforma da UBS de Dom Bosco mobiliza Câmara Itinerante A audiência pública que marcou a realização da 80ª Câmara Itinerante foi realizada na Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição. Líderes comunitários, representantes da sociedade civil organizada e da prefeitura discutiram as questões de interesse do bairro Dom Bosco. O presidente do Legislativo, vereador Bruno Siqueira (PMDB) ressaltou que a discussão recorrente nos pronunciamentos da reunião sobre a reforma da UBS do bairro serve de exemplo para ilustrar o papel do Legislativo. A Câmara Municipal já aprovou uma lei municipal que determina a reforma da UBS, com uma contrapartida do Hospital Monte Sinai e da Prefeitura. Na reunião, o Legislativo exerceu seu papel fiscalizador e obteve uma resposta do Executivo que afirmou que o projeto está em andamento.
O representante da Secretaria de Saúde na reunião, Odilon Andrade, disse que o Executivo vai conversar com os representantes do Hospital para resolver a questão dos 50% de contrapartida. O líder do governo na Câmara, vereador Isauro Calais (PMN) garantiu que as obras devem ser realizadas até o fim do ano. Declarou também que três equipes do Programa de Saúde da Família serão destinadas para Dom Bosco.
O vereador José Sóter de Figueirôa Neto (PMDB) destacou a necessidade de um agente de trânsito na porta da Escola Municipal Álvaro Braga de Araújo, tendo em vista que os ônibus circulam em alta velocidade. Lembrou ainda que é preciso a melhoria habitacional da comunidade do Jardim Paraíso, a construção de uma creche e de uma área de lazer. Enfatizou que o governo passado possuía um projeto para construção de uma quadra poliesportiva na curva do Lacet, com possibilidade de contrapartida de verbas do governo federal. Destacou a reforma da UBS como fundamental e lembrou que cursos profissionalizantes para a área seriam ideais para atender aos jovens da região, preenchida por investimentos de porte como o Hospital Monte Sinai e o Shopping Independência. Finalizou informando que no mapa da exclusão social recentemente divulgado Dom Bosco é um dos bairros mais carentes de Juiz de Fora.
O vereador Dr. Luiz Carlos (PTC) enfatizou a importância da proteção dos valores familiares, por constatar o aumento dos casos de violência contra crianças e mulheres. O vereador lembrou que apresentou projeto de lei para instituir o Dia Municipal da Família, e ressaltou que as obrigações do poder público nunca podem ficar em segundo plano, pois alicerçam a proteção familiar. O impedimento do estacionamento na frente da Igreja e instalação de outras placas de sinalização no bairro foram criticadas pelo vereador José Emanuel Esteves de Oliveira (PSC). Ele defendeu que a comunidade deve ser consultada sobre o que acredita ser bom ou ruim, tendo em vista que o bairro é prejudicado por estar comprimido entre São Mateus e Cascatinha.
A responsabilidade das duas grandes obras de iniciativa privada da região, o Shopping Independência e o Monte Sinai, foi destacada pelo vereador Julio Gasparette (PMDB). O vereador questionou o número de empregos que as duas empresas geram na região. Cobrou a retirada da área de lazer dos moradores pelo shopping. Julio ressaltou que os vereadores recebem muitas cobranças da comunidade sobre essas questões, por isso pediu que as empresas se posicionassem.
“Se a prefeitura não intervir, o bairro tal qual conhecemos, popular, pode desaparecer”, disse o vereador Wanderson Castelar (PT). Ele afirmou que o bairro “ é sitiado por comunidades de classe média” o que faz com que seja alvo de especulação imobiliária.
E endossou que é preciso que curva do Lacet possa ser desfrutada pela população da área. Dr. José Tarcísio (PTC) subiu à tribuna para reivindicar uma creche para a região e enfatizar a importância da iniciativa para as mulheres de Dom Bosco. Flávio Cheker (PT) reforçou a preocupação com a creche. E enfatizou que falta a presença do poder público. Argumentou que contrastando com a qualidade dos investimentos de iniciativa privada, da participação popular e das organizações do terceiro setor há uma carência muito grande no bairro. Questionou a falta de uma equipe do Programa Saúde da Família e a falta de passeio da Rua Monsenhor Gustavo Freire.
A retirada da área de lazer da curva do Lacet foi também citada pelo vereador João do Joaninho (DEM), que sugeriu a cobertura de uma quadra da escola como alternativa. A união da comunidade, segundo o vereador Antônio Martins, Tico-Tico (PP), foi o motivo das conquistas já obtidas até agora. Roberto Cupolillo (Betão – PT) esclareceu que é necessária a união da população para a conquista de suas necessidades. E que, assim organizados, eles devem levar suas reivindicações até a Câmara. |
