Calais defende mais prazo para restituição do Plano Bresser

       A extensão do prazo para que titulares de cadernetas de poupança durante o Plano Bresser ajuízem ação devido a correção monetária incorreta foi reivindicado pelo vereador Isauro Calais (PMN) através de representação encaminhada ao presidente da República. A prescrição desse tipo de recurso ocorre em 20 anos, completados amanhã, 31 de maio. Por isso, Calais solicita a emissão urgente de Medida Provisória dilatando o prazo para pedidos de reparação de perdas.
        Cerca de R$ 1 trilhão 900 milhões estão nos cofres dos bancos esperando pelos poupadores. Nem todos tiveram acesso à informação de que podem pedir a devolução, o que representa prejuízo, em especial para a camada de menor poder aquisitivo, a maior usuária desta forma de investimento.
        Calais é a favor de uma ampla campanha informativa para titulares e herdeiros da qual participariam, além do governo, as instituições financeiras. O vereador defende o uso de mensagens protocoladas, e-mails, televisão, rádios, revistas e jornais.
        A representação será encaminhada também ao presidente da Câmara Federal, do Senado, do Banco Central e ao ministro da Fazenda.
       
       Defasagem
       
        O Plano Bresser entrou em vigor em junho de 1987, com mudança no indexador da poupança, que passou de Obrigação do Tesouro Nacional (OTN) para Letra do Banco Central (LBC). Ao contrário de remunerarem a última quinzena do mês usando a LBC, que variou em 18,02% no período, os bancos remuneraram todo o mês. O índice foi bem menor que a variação da OTN, de 26,06%. Assim, o poupador tem direito à diferença de 8,04%.

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