Publicada em: 24/04/2007 - 230 visualizações

O leite nas Escolas Públicas discutido em audiência

O leite nas Escolas Públicas discutido em audiência (24/04/2007 00:00:00)
  • O leite nas Escolas Públicas discutido em audiência        “O leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como o café beneficiado e o arroz. O Brasil é o sexto maior produtor de...
 

O leite nas Escolas Públicas discutido em audiência

       “O leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como o café beneficiado e o arroz. O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e cresce a uma taxa anual de 4%, superior à de todos os países que ocupam os primeiros lugares. Respondemos por 66% do volume total de leite produzido nos países que compõem o Mercosul. Com toda essa facilidade, é interessante que repensemos numa forma de adotar o leite na merenda escolar da Rede Pública de Ensino”. A defesa foi da vereadora Rose França (PTB) que solicitou audiência pública para debater sobre o tema. A legisladora quer a inclusão do produto como uma das principais fontes de cálcio e proteína para crianças e adolescentes.
       Para o professor Luciano Polisseni, autor de um estudo sobre os benefícios do leite no desenvolvimento de crianças, Juiz de Fora tem baixo consumo do produto. “São 76 litros/ano, sendo que, o recomendado pela Organização das Nações Unidas – ONU – seria de 170 litros, ou seja, dois copos por habitante”, explicou. Polisseni ainda informa que, durante sua pesquisa, descobriu os hábitos alimentares são adquiridos até os 12 anos de idade e, por isso, “o hábito de tomar leite desde criança pode evitar uma serie de problemas no futuro, como a osteoporose”.
       Para as nutricionistas da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento, Mariana Dose Silva e Mônica Silveira, o leite é um alimento natural de grande valor nutritivo com grande concentração de cálcio, além de vitaminas A, B1 e B2 e minerais que favorecem o crescimento e a manutenção de uma vida saudável. O maior problema levantado por elas está no seu armazenamento. “As escolas de nosso município não possuem locais adequados para a conservação do leite. Por causa disto, optamos por elaborar uma merenda balanceada, com alimentos também ricos em proteínas e cálcio, com valor nutricional adequado ao desenvolvimento das crianças e dos adolescentes”, disseram.
       Mesmo alegando dificuldades de armazenamento, Rose França defendeu um estudo mais detalhado sobre o assunto. Ela acredita que, a sociedade, os empresários e os poderes públicos podem conseguir uma forma de incentivar o consumo do leite entre as crianças, sem que onere os cofres públicos. “A indústria de laticínios tem potencializado o valor nutritivo do produto. Existem no mercado uma série de bebidas lácteas enriquecidas com vitaminas, minerais e ômegas, que são importantes para o crescimento de crianças que não têm acesso ao produto com tanta facilidade”, disse a legisladora que garantiu que irá continuar buscando formas de inserir o leite na merenda escolar. Ela pretende aprofundar propostas como a da Escola Padre Caetano, de Monte Verde, que realiza uma campanha entre os produtores e comerciantes para a doação do produto para a instituição.

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