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Audiência discute avanços nos direitos da mulher União entre as mulheres foi o pedido da vereadora Rose França (PTB) que solicitou audiência pública para debater os avanços nas conquistas femininas no mercado de trabalho, na instancia social, na educação e na saúde. A reunião aconteceu com a participação de representantes mulheres do Poder Público, que lembraram a luta histórica pela igualdade de direitos. “A história nos mostra que as mulheres, no passado remoto, tinham muito mais direitos assegurados do que hoje. Em algum momento elas perderam esses direitos e passaram a ser discriminadas de forma bárbara”, disse Rose.
O plenário Francisco Afonso Pinheiro se transformou num fórum de discussões. A delegada de mulheres Sônia Parma disse que “o mês de março não é comemorativo sobre as questões do direito da mulher e sim, marca um mês de muita luta pela igualdade social”. Ela afirmou que ainda falta consciência política sobre o papel da mulher na sociedade e que isso só será possível quando ela conseguir a sua independência econômica.
Uma aula de história. Rose França explicou que as mulheres do Século XVIII eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais. “Tanto tempo se passou e o desrespeito e a falta de informação ainda continuam assombrando os direitos humanos, ferindo inclusive a nossa Constituição”.
Para marcar a luta das mulheres, foi instituído o dia 8 de março, como sendo o Dia Internacional da Mulher. A data está intimamente ligada aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos.
Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias procurassem refúgio dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia do massacre fosse declarado o Dia Internacional da Mulher. “Será que precisamos de um dia somente ou um mês para que a sociedade se lembre de nossa luta e de nossas necessidades? A mulher ainda precisa se impor como gestora de suas conquistas. É um absurdo que, em pleno século 21, ainda estejamos brigando por direitos iguais no mercado de trabalho, na saúde e nas necessidades básicas do ser humano”, completou a legisladora.
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