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Dívida do SUS com a Santa Casa mobiliza vereadores A aquisição de um novo aparelho para realização de cateterismo e o esforço conjunto do município, do estado e da União para saldar a dívida do Sistema Único de Saúde com a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora foram defendidos pela segunda vice-presidente da Câmara, Rose França (PTB), durante audiência pública realizada hoje, a pedido da vereadora. Rose França lembra que 64,99% dos leitos do hospital são destinados ao SUS, justificando a necessidade do apoio.
A reunião, convocada para discutir dificuldades com o aparelho de cateterismo, acabou revelando um problema maior: um déficit acumulado de R$ 2 milhões 400 mil com procedimentos de alta complexidade em cardiologia. O repasse do SUS, de aproximadamente R$ 500 mil em 2005 sofreu queda para pouco mais de R$ 352 mil este ano.
Antônio Carlos Castañon Mattos, do Egrégio Conselho, relatou gestões feitas junto ao prefeito no sentido de que entre em contato com o governo do Estado para obtenção de recursos extras. A expectativa é pelo retorno nos próximos dias. Castañon admitiu que a Santa Casa enfrenta sérias dificuldades com fornecedores no momento.
Representando o secretário de Saúde, Sebastião Pedrosa esclareceu que a redução do financiamento de alta complexidade não é da responsabilidade do município e enfatizou que o Executivo está empenhado na reposição do teto.
Sobre o aparelho de hemodinâmica, o provedor José Carlos de Oliveira Teixeira informou que sua aquisição ocorreu em 1988. No final do ano passado, o tubo de imagem queimou exigindo um investimento de R$ 193 mil. Até agora, o hospital já investiu R$ 44 mil 860 em manutenção. A sobrecarga no aparelho foi reconhecida pelo diretor clínico, José Limar, mas, mesmo havendo interrupções no atendimento, ele informou que a situação está sendo normalizada. Um novo aparelho já foi solicitado ao Ministério da Saúde.
Rose França considerou o saldo da audiência pública positivo. Ela criticou a política de distribuição de verbas para o setor e sugeriu à Mesa Diretora a elaboração de um requerimento, a ser assinado por todos os vereadores, para encaminhamento aos setores competentes.
Caso o retorno a essa estratégia não seja o esperado, ela defende que uma comissão de vereadores cobre uma solução ao Ministério da Saúde. |