Juiz de Fora vai receber R$566 milhões em investimentos.  O anúncio foi feito pelo secretário de Governo, Ronaldo Pinto Júnior, em Audiência Pública na tarde de quinta-feira, 4. Segundo ele,  o recurso vem via Novo PAC, repassados pelo Governo Federal e sem custos para os cofres municipais. A audiência foi proposta pelos vereadores Letícia Delgado (PT) e Tiago Bonecão (PSD), presidente da Comissão de Urbanismo, para que os vereadores e a população de Juiz de Fora pudessem entender melhor onde serão investidos os recursos financiados pelo programa do governo federal.

A vereadora Letícia Delgado explicou que a Câmara busca entender quais serão os benefícios que a população vai sentir. “Nós entendemos que essa Audiência Pública é fundamental para garantir a transparência, a fiscalização, o diálogo e principalmente o conhecimento da população, que tem que saber de fato quais são essas obras que estão sendo executadas e serão financiadas via PAC”. 

Confira a lista completa dos investimentos que a cidade vai receber via PAC, com os bairros beneficiados e os valores:

• Espaços esportivos comunitários - Amazônia - R$1,2 milhão

• Regularização fundiária - Jardim Gaúcho - R$890 mil

• Escolas em tempo integral - Marilândia - R$8,4 milhões

• Restauração do MAPRO - Mariano Procópio - R$400 mil

• Kit de equipamentos para teleconsulta - R$128 mil

• CONVIVE - Parque das Águas - R$15,5 milhões

• Drenagem - Industrial, Santa Luzia e São Pedro - 356 milhões

• Unidade odontológica móvel - R$396 mil

• Drenagem - Santa Efigênia - R$63 milhões 

• Esgotamento sanitário - Grama - R$30 milhões

• Obras de contenção de encostas - R$30 milhões

• Centro de Atenção Psicossocial - Vitorino Braga - R$3,2 milhões

• Unidade Básica de Saúde - Vitorino Braga - R$3,3 milhões

• Combo de equipamentos em UBSs - R$3,3 milhões

• Periferia Viva - Dom Bosco - R$40 milhões

• Centro Especializado em Reabilitação - R$9,3 milhões

Juiz-foranos expressam suas preocupações e expectativas

O comerciante no Bairro Santa Luzia Otaviano Costa quer discutir além das enchentes. “Não estamos discutindo água acumulada nas ruas, estamos falando de vidas interrompidas, de famílias que perdem tudo em minutos, de trabalhadores que veem seus esforços de uma vida inteira levados pela correnteza”, e lembrou que “estamos diante de uma realidade que se repete ano após ano, e as enchentes não são acidentes naturais, são consequências da nossa falta de ação”.

Representando o Centro de Inclusão da Pessoa com Deficiência, do Sindef, Orenilse Miranda participou da audiência questionando o Executivo sobre o cuidado com a acessibilidade nos projetos. “Estamos precisando ter esse respaldo nos projetos novos porque os que estão aí, a maioria não tem acessibilidade, e para fazer uma intervenção depois que a obra já está feita é muito mais difícil”.

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