A Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) aprovou, na quinta-feira, 10, dois projetos de lei que reforçam a importância do vinho como expressão cultural e vetor de desenvolvimento econômico para o município. As propostas são de autoria do vereador João Wagner Antoniol (MDB). Uma delas declara o JFWine Festival como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Juiz de Fora e a outra institui o Dia Municipal do Vinho de Inverno no Calendário Oficial de Eventos da cidade.

O  Projeto de Lei nº 212/2025 reconhece oficialmente o festival como patrimônio imaterial, destacando sua contribuição à cultura local. O JFWine surgiu em 2020 como um jantar cultural que unia boa gastronomia à história do vinho. A iniciativa deu origem ao festival, realizado anualmente ao longo de quatro dias. Segundo o vereador, “o festival é um evento que busca resgatar, valorizar e desenvolver a cultura milenar do vinho, promovendo uma verdadeira imersão em sua história, tradição e impacto na sociedade”.

Dia do vinho

O Projeto de Lei nº 211/2025 institui o Dia Municipal do Vinho de Inverno, a ser celebrado no dia 22 de julho, data que coincide com o período do festival. João Wagner ressalta que a intenção é fortalecer a vocação de Juiz de Fora como uma das principais rotas do enoturismo do Brasil. “Além de resgatar, valorizar e desenvolver a cultura milenar do vinho, queremos fomentar o turismo de eventos, gerar renda e promover o desenvolvimento regional”, destacou.

João Wagner também considera a importância histórica e econômica da bebida. “O vinho é uma bebida milenar que acompanha a jornada humana há mais de 8 mil anos. No Brasil, em 1532, as primeiras mudas de uvas europeias chegaram com Martim Afonso de Souza. Mais recentemente, a técnica da dupla poda, desenvolvida pelo mineiro Murillo de Albuquerque Regina, revolucionou a produção de vinho na região Sudeste.”

Segundo ele, tanto o festival quanto a data comemorativa representam “plataformas de valorização cultural, geração de renda, fomento ao turismo e desenvolvimento econômico regional”. O reconhecimento como patrimônio imaterial, afirmou, “dignifica os valores e as conquistas da população, ao celebrar manifestações que são transmitidas de geração em geração”.

Ambos os projetos seguem agora para sanção do Executivo.

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