Publicada em: 30/06/2023 - 1468 visualizações
Para esclarecer sobre o linfedema e outras disfunções linfáticas, a representante da Associação Brasileira de Pessoas com Linfedema e Familiares (Abralinfe), Fernanda Nunes Silva, subiu à Tribuna Livre Natanael Eloi do Amaral na última quinta-feira, 29. Administradora de empresas, Fernanda, em parceria com outras pessoas do país com linfedema, criou em 2022 a associação. O linfedema é o acúmulo de linfa nos tecidos, o qual leva ao inchaço dos membros. Quando os vasos linfáticos sofrem lesão ou obstrução, o líquido linfático não consegue ser drenado e se acumula nos tecidos, causando inchaço.
Durante a exposição, ela contou sua experiência pessoal após o nascimento da filha com diagnóstico de linfedema. Nascida com os dois pés inchados, a criança, atualmente com seis anos, desde a maternidade enfrenta a doença sem cura, que se apresentou no inchaço grande nos pezinhos. A doença pode se apresentar desde o nascimento até a vida adulta e o tratamento para intervenções é feito por fisioterapeutas.
“Tem gente que passa a vida inteira doente e não passa por nenhum cuidado”. A fala reflete as dificuldades de diagnóstico e a invisibilidade destas pessoas. Para ela é importante discutir para haver mais qualidade de vida, com políticas públicas adequadas, porque muitas pessoas acabam escondendo a doença com roupas devido, inclusive, ao preconceito estético. Exibindo o resultado de pesquisas com pessoas com linfedema, Fernanda expôs, além das dores, as limitações na qualidade de vida. “A imunidade dessas pessoas é menor. Uma criança não pode andar de skate, por exemplo. É um cuidado para a vida toda”.
Questionada pelos vereadores sobre a quantidade de pessoas em Juiz de Fora que sofrem da doença, Fernanda foi lacônica: “não sei”, já que, segundo ela, não há ainda um levantamento. “A ideia é justamente começar a achar as pessoas para iniciar esse movimento na cidade”. Fernanda contou que há dois projetos de lei (PLs) tramitando em Minas Gerais de autoria do deputado estadual Betão (PT): os PLs 3.440 e 3.441, que tratam, respectivamente, do diagnóstico e tratamento de pessoas com linfedema; e que o problema seja considerado uma deficiência. No Rio de Janeiro, a Assembleia do Estado (Alerj) aprovou, em 2022, uma lei semelhante e, na Câmara dos Deputados, tramita o PL 1.497, também sobre a doença.
Ao final, Fernanda fez um apelo para que as pessoas participem da Audiência Pública sobre o tema, no dia 5 de julho, às 10h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte.
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