Prevenção e combate a incêndios são discutidos na Câmara Após 42 dias de um dos incêndios mais expressivos da cidade, uma audiência pública proposta pelo vereador Flávio Cheker (PT) aconteceu na tarde desta segunda-feira (05/12) para traçar as ações realizadas no município quanto à prevenção e combate a incêndios.
Ao abrir o debate, Flávio Cheker relembrou a repercussão da tragédia na área central, fato que impressionou os juiz-foranos. De acordo com o vereador a reunião foi solicitada por provocação dos próprios cidadãos que se mostraram preocupados com novos incêndios. O petista norteou o debate com o objetivo de radiografar o episódio e alertou para a necessidade de ações integradas entre as forças militares, assim como diagnosticar a competência de cada um.
O Tenente da Polícia Militar Wellington Aparecido falou sobre a existência do sistema de controle de operações que dirige as forças militares para trabalhos em conjunto com único comando. O militar reforçou que treinamentos são realizados periodicamente.
De acordo com o Major do Corpo de Bombeiros Cláudio Guimarães, viaturas de postos avançados auxiliaram por seis horas consecutivas para o controle do incêndio na área central. “Paredes de meia e telhados conjugados facilitaram a propagação do fogo. Os dois hidrantes próximos funcionaram perfeitamente. Setenta bombeiros trabalharam na área e 2 milhões de litros de água foram gastos para conter o fogo”. Major Cláudio ressaltou que ainda existe risco de desabamento no local e alertou para a necessidade dos construtores se atentarem para o sistema de prevenção de incêndios em edificações, com construções de escadas nas laterais dos prédios. O militar anunciou que, a partir do próximo ano, a operação Alerta Vermelho será intensificada para esclarecer os comerciantes sobre ações preventivas. Major Cláudio disse ser fundamental a ampliação do número de hidrantes em Juiz de Fora. Atualmente, a cidade conta com 65.
Os vereadores cobraram a destinação de recursos do Governo do Estado para melhorar as condições de trabalho dos bombeiros. A falta de equipamentos foi apontada como o principal problema. A situação dos moradores desabrigados e a demolição do prédio que abrigava a loja Castelo da Borracha também foram discutidas.
A Secretária de Atividades Urbanas, Sueli Reis, anunciou que amanhã (06/12) acontecerá uma reunião com os proprietários do imóvel, que são responsáveis pela demolição, representantes de uma seguradora de São Paulo e de setores competentes da prefeitura com o objetivo de traçar ações para que a demolição ocorra o mais rápido possível. “O risco de desabamento existe e a demolição deve ser executada com todo cuidado e com profissionais competentes para não atingir terceiros. A demolição total do imóvel deve durar cerca de 60 dias”.
Ao encerrar o debate, Flávio Cheker cobrou maior representatividade do Executivo na discussão. Após as ponderações, o vereador adiantou a necessidade de agendar outra audiência pública para verificar as ações integradas dos bombeiros no trabalho de conscientização dos comerciantes na área central. De acordo com o parlamentar, apenas 46 estabelecimentos comerciais possuem laudo de vistoria contra incêndios. |