“Não é a primeira vez que debatemos esse tema em audiência pública. A Câmara Municipal tem participação na vida da empresa. Votamos um conjunto de benefícios para que ela se instalasse na cidade”, enfatizou o vereador Betão (PT) em audiência pública realizada na tarde desta terça-feira, 11, sobre o processo de demissões em massa ocorrido na Empresa Almaviva.
De acordo com o proponente da audiência, aproximadamente 270 pessoas foram demitidas por justa causa, entre os meses de maio e junho, representando cerca de 10% dos seus trabalhadores.
Laiz Perrut, do sindicato dos Metalúrgicos, destacou o assédio moral que acontece cotidianamente na empresa. “Não podemos deixar que estes trabalhadores sofram tais opressões dentro de empresa. Precisamos de apoiadores e parceiros nesta causa”.
O diretor da Federação dos Trabalhadores em Telecomunicações e Coordenador geral do Sinttel, Thiago Ribeiro, relatou que as denúncias de assédio são constantes e diversos trabalhadores se sentem acuados por medo de perder o emprego. “A situação na empresa não é nova, temos denúncias de outras cidades. Além do assédio, existe uma rotatividade da categoria. A cada seis meses, são novos trabalhadores. Devido à terceirização, existem funcionários que não saem de férias há cinco anos”.
Na tentativa de amenizar tais problemas, o vereador Antônio Aguiar (PMDB) sugeriu a Betão encaminhar uma representação ao Ministério Público do Trabalho denunciando tanto as demissões em massa quanto os assédios sofridos pelos trabalhadores, e que a Câmara Municipal participe de forma fiscalizadora. “A empresa é campeã de reclamações além de explorar demais os trabalhadores”.
O peemedebista frisou também que estes trabalhadores sofrem com a síndrome de Burnout, sendo caracterizada pelo esgotamento físico e mental intenso que se desenvolve por meio de pressões prolongadas relacionadas ao ambiente do trabalho.
Representação
O vereador pretende encaminhar a representação ainda neste período de reuniões para o Ministério Público e para a subdelegacia do Trabalho para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelos órgãos, em proteção aos trabalhadores da empresa Almaviva.
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