Publicada em: 29/03/2016 - 81 visualizações

Jucelio Maria cobra informações do Executivo sobre epidemia de dengue em JF

Jucelio Maria cobra informações do Executivo sobre epidemia de dengue em JF (29/03/2016 00:00:00)
  • Jucelio Maria cobra informações do Executivo sobre epidemia de dengue em JF
 
“Embora a Prefeitura tenha apresentado as ações que estão sendo realizadas no município, visando combater a dengue, ainda não estamos vendo os resultados efetivos. O problema que vejo é a falta de articulação entre os setores e, também, a continuidade das ações. Não se faz prevenção em apenas um dia. Acredito que falta uma intersetorialidade dos trabalhos”, afirmou o vereador Jucelio Maria (PSB), proponente da audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 29, que tinha como objetivo justamente discutir ações intersetorias de combate e prevenção à dengue,  chikungunya e zika.

Durante o encontro, o secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa Neto, contextualizou a questão do mosquito Aedes Aegypti no mundo, no Brasil, em Minas Gerais e em Juiz de Fora para se ter uma noção do que representa esta pandemia que se alastra pelo mundo. A doença está presente em 133 países do mundo, em todos da América latina, com exceção do Chile que não possui característica tropical. E as projeções para o Brasil, segundo Figueirôa não são melhores. As estimativas são 6 milhões de notificações.

“Fiz este relato para dizer que a questão da dengue envolve o mundo inteiro. Existem esforços do poder Executivo, mas toda a população deve estar envolvida”, enfatizou o secretário de Governo”.

O subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Almeida, informou que as ações realizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) atendem o que preconiza o Ministério da Saúde: mobilização social, trabalho de campo, fortalecimento das ações dos agentes de endemia e a vertente principal que é a assistência à saúde.

Afirmou que o contato com o Exército ocorreu em agosto do ano passado; que o trabalho vem sendo realizado desde outubro do ano passado, fazendo planejamento de toda infraestrutura necessária; em dezembro foi criado o Comitê Gestor da dengue e que, somente em janeiro, foram retiradas 400 toneladas de materiais inservíveis de dentro de várias residências.  

Destacou, ainda, outras ações realizadas pelo Comitê:  Capacitação de 600 servidores da área de saúde, pública e privada, para que seja realizado o protocolo único de combate à dengue na cidade; fornecimento do kit de hidratação oral, criação de dois centros de hidratação, um na região central e outro na zona norte.

Em relação ao carro fumacê, Rodrigo informou que é de responsabilidade do Governo do Estado e que ele só é repassado ao Município em caso de epidemia. “Comparo a um antibiótico. Só tomamos quando há necessidade. E a definição das ruas por onde o carro passa acontece de acordo com os casos notificados. Não podemos jogar onde não há casos”.

A secretária de Educação do Município, Denise Franco, informou que desde o início deste ano, a secretaria lançou uma gincana nas escolas visando à adesão da comunidade no combate ao mosquito.  “É um projeto para o ano todo, desde a educação infantil até aos anos finais”.

Sérgio Rocha, titular da secretaria de Atividades Urbanas (SAU) disse que foi nomeado um grupo de trabalho que reúne vários setores da PJF para deliberar as ações. E coube SAU entrar nas moradias de forma forçada, considerando aquelas edificações que os moradores estão ausentes há mais de dez dias. Informou, ainda que a cidade possui 31.819 lotes vagos. “Nos últimos dois anos e meio, fizemos 4.806 notificações e 903 autos de infração.

Vários líderes comunitários fizeram uso da palavra durante a audiência questionando, por exemplo, qual o critério de escolha dos bairros por onde passam o fumacê, e também denunciando locais da cidade onde se encontram vários focos do aedes.

Representando o Exército, major Hugo Ferraz informou que 70 militares estão atuando na cidade no combate ao mosquito e que eles já realizaram mais de cem palestras nas escolas.

Vários vereadores se pronunciaram sobre o assunto. Castelar (PT) disse que “infelizmente estamos perdendo esta guerra. Tudo que é necessário ser feito, de alguma forma está sendo. Qual problema que vejo? O grande vilão nesta história são os lotes vagos, terrenos abandonados. E o poder público tem que ser duro com estes proprietários”.

Betão (PT), assim como Jucelio, acha que faltou prevenção. “Tivemos dois anos de seca e agora voltamos a normalidade pluviométrica. Mas é verdade que faltou prevenção neste período”. E ainda indagou as autoridades presentes. Porque a Prefeitura não vai mais notificar os casos de dengue na cidade, ficando a cargo somente do Estado?
 
Chico Evangelista (Pros) disse que o essencial é o cidadão dar a contribuição e citou o aplicativo colab.re onde as pessoas podem denunciar possíveis focos.  Antônio Aguiar (PMDB) alertou que estamos lidando com um tipo de doença gravíssima. Quando um mosquito está contaminado, ele vai transmitir para 300 pessoas. Já Pardal (PTC) e Militão (PTC) afirmaram que “não podemos fazer deste momento de epidemia um momento político”.

O vereador José Laerte (PSDB) sugeriu que o município doe às gestantes carentes, telas para janelas e berçários para que as casas fiquem protegidas.  E Julio Gasparette (PMDB) lamentou ainda não termos uma vacina contra o mosquito.

E Jucelio Maria (PSB) finalizou dizendo que a audiência serviu para apresentar alguns caminhos. “Todas as ações tem que ter prazos: curto, médio e longo. Assim vamos dar passos firmes em busca daquilo que desejamos. Foi bom para descobrimos os limites e as dificuldades, mas é necessário que o trabalhado seja feito de forma continua”, finalizou.

 
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