A segurança nos postos de combustíveis de Juiz de Fora foi discutida em Audiência Pública nesta quarta-feira (24) por solicitação do vereador José Emanuel (PSC). O legislador observa que os assaltos estão mais agressivos com o uso de armas de fogo. Ele reconhece o combate pela PM, mas pondera quanto ao efetivo insuficiente para a demanda da cidade e propõe o controle pela corporação por uma espécie de Olho Vivo – câmeras - nos estabelecimentos. José Emanuel fez a defesa da vida e manifestou solidariedade às vítimas que estão traumatizadas.

Juiz de Fora possui 69 postos com mais de mil frentistas. Vários trabalhadores relataram situações de violência e o sentimento permanente de insegurança. Assaltos recorrentes e doenças, como o câncer, tornam os trabalhadores dependentes do sistema de saúde, informou Ivone Garcia, diretora administrativa do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador.

O vereador Chico Evangelista (PROS) observa a fragilidade dos postos por serem locais de circulação de grande soma em dinheiro. Ele receia pelo fechamento de unidades em função da gravidade do problema. Antônio Aguiar (PMDB) sente que a defasagem de policiais militares e civis prejudica a abrangência de ações de prevenção e repressão. Já Roberto Cupolillo (Betão-PT) aposta na tecnologia, com o uso cada vez maior de cartões para pagamentos. O vereador ainda cobra a responsabilidade das distribuidoras no tratamento da questão.

O Capitão Reginaldo Teixeira, do 2º BPM, explicou que a Polícia Militar atua conforme planejamento e dados estatísticos usados na definição de localização de viaturas. A prioridade da corporação é para roubos a pedestres.

Entre as sugestões do militar estão o incentivo aos pagamentos em formato digital e uso de câmeras. A medida contribuirá para a identificação de infratores, realização de flagrantes e indiciamento perante a Justiça.

Paulo Guizellini, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, alertou que o risco para os trabalhadores se estende aos clientes, enquanto Hosano Felix da Silva, diretor da Federação Nacional, relatou experiência em Montes Claros, sua cidade de origem, onde foi realizada parceria com a PM com resultados positivos. Ficou acertado que a chave dos cofres não ficara mais com os frentistas e os policiais permaneceriam atentos a pessoas que circulavam pelas proximidades dos postos. Faixas com manifestações sobre segurança também afastam infratores.

Há empresários que apostam na contratação de seguranças, mas Renata Correa, representante da Minaspetro e proprietária do posto de Santa Cruz, onde já aconteceram 15 assaltos, ponderou quanto a ineficiência da medida.


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