Publicada em: 25/11/2015 - 706 visualizações

Câmara entrega Medalha Nelson Silva nesta quinta-feira

Câmara entrega Medalha Nelson Silva nesta quinta-feira (25/11/2015 00:00:00)
  • Câmara entrega Medalha Nelson Silva nesta quinta-feira
 
O mês da Consciência Negra será comemorado pela Câmara Municipal com a homenagem a nove cidadãos que se destacaram na produção e difusão de manifestações culturais e sociais da raça negra em nível municipal, estadual e nacional, além de uma Associação e duas homenagens póstumas, totalizando 12 homenageados. A solenidade acontece nesta quinta-feira, às 19h30, no plenário Francisco Afonso Pinheiro.

Para o presidente da Câmara, vereador Rodrigo Mattos (PSDB), como toda data específica para comemoração e análise de uma temática social, a Medalha Nelson Silva tem a sua relevância para revelar a Juiz de Fora e a toda região a luta do povo negro para garantir seu espaço na sociedade. “Há muito que fazer pela valorização e promoção do negro, tanto em Juiz de Fora como no Brasil. Mas o maior desafio é reconhecer que ainda há preconceito, pois assim é mais fácil combatê-lo. Porque os problemas, enquanto ocultos, se agravam”, enfatiza Mattos.

A Resolução nº 1120 que institui a Medalha Nelson Silva é de 29 de outubro de 1999. A honraria foi criada em parceria com o Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva e é concedida anualmente. Os agraciados são selecionados pelo Conselho do Mérito.

O Conselho é formado por representantes do Batuque Afro-Brasileiro, da Secretaria Municipal de Educação, da Funalfa, da UFJF, da Câmara Municipal, do Conselho Municipal de Valorização da População Negra de Juiz de Fora e do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora.

O cantor e compositor Nelson Silva nasceu no dia 22 de janeiro de 1928. Mineiro de Juiz de Fora foi contador, tipógrafo e um dos maiores compositores da história do município e do país. Sambas, boleros, rumbas, mambos, valsas, toadas, batuques e até hinos religiosos fazem parte de seu acervo musical. Atento à situação do negro no Brasil, retratou a dura realidade enfrentada pela raça, através de cantos e lamentos, usando uma forma de linguagem típica do escravo.

 
Confira os homenageados:
 
1 - Angela Cristina Ferreira
Professora da E.M Núbia Pereira de Magalhães, se dedica ao trabalho efetivo da História e Cultura Afro-Brasileira em sua prática pedagógica. Começou sua carreira no magistério em Santos Dumont, na Apae.  Em Juiz de Fora, Angela trabalhou com crianças no CAIC Núbia Pereira, sempre abordando a história e a cultura africana no Brasil.

2 - Armando Aguiar (Mamão)
Compositor de famosos sambas como “Tristeza pé no chão” e “Adeus diferente”, Armando Fernando Aguiar, o Mamão, nasceu em 24 de agosto de 1938. Aposentado, trabalhou como torneiro mecânico, mecânico de máquinas e na Funalfa. Mas o talento maior de Mamão é a música. Compositor e cantor respeitado em seu meio, possui obras de sucesso que foram interpretadas por celebridades como Paulinho da Viola, Alcione, Zeca Baleiro, Luciana Melo, Elen Lima, Clara Nunes e Luis Airão.

3 - Claudio José da Silva
Servidor público há mais de 12 anos, passou por vários setores dentro da administração pública como área de acolhimento, assistente administrativo,  conselho tutelar do Centro Norte e secretaria de Assistência Social. Nos últimos três anos, atua na casa dos conselhos municipais. Faz parte do  Conselho Municipal para Igualdade Racial (Compir).

4 - Fabiana Carla da Silva Reis Oliveira
Formada em Pedagogia pela UFJF e se destaca nas atividades de diversos Curumins de Juiz de Fora. Atualmente é Coordenadora do Curumim do Bairro São Benedito e técnica em Nível Superior de Pedagogia do CRAS – Curumim São Benedito.

5 - Ivan Barbosa - homenagem post mortem
Um cidadão que dedicou toda a vida aos movimentos organizados da sociedade. Assim pode ser definido Ivan Barbosa que fez história em Juiz de Fora. Como homem simples, tornou-se porta-voz de outros como ele. Reconhecido por sua integridade moral e ética, sempre se posicionou diante de acontecimentos que interferiram na vida da cidade e teve as suas posições respeitadas.

6 - Ivanir Ferreira Francisco – Mestre Ninho
Mestre Ninho é presidente da Associação Brasileira de Artes Marciais de Contatos-ABAM-MMA e fundador da Equipe Low Kick. Iniciou nas Artes Marciais em 1998, sob formação do Mestre Carlos Silva, e desde então contribui para a formação de atletas.

7 - Julvan Moreira de Oliveira

Doutor e Mestre em Educação pela USP, Julvan Moreira de Oliveira tem um currículo recheado de cursos e especializações por diversas instituições. Na construção de seu caráter e nas formações acadêmicas, sempre destacou a raça negra, protagonizando os estudos afro-brasileiros.

8 - Lixarte
Transformada em Associação no ano de 2006, a Lixarte – Associação de Reciclagem e Artesanato, luta pelos jovens e adultos que fogem da criminalidade. Apesar de ter sede física no Bairro Olavo Costa, atua em diversas regiões da cidade de Juiz de Fora, como Nova Germânia, Caiçaras, Belo Vale I, Jardim da Lua e Dom Bosco.

9 - Maria Aparecida Silva
A homenageada já conhecia Nelson Silva das rodas de samba no Dom Bosco. Não precisou muito para que a afinidade com suas raízes brotassem. O amor pela cultura negra garantiu a proximidade com o grupo e hoje a leva a revelar a preocupação com o seu futuro.

10 - Maria Luiza Igino Evaristo
Desde a adolescência encontra-se envolvida com as causas sociais. A partir 2007 integra-se às Candaces – organização de mulheres negras – onde tem atuado no debate sobre o papel da mulher negra na sociedade. Ainda criança manifestou o desejo de ser professora, ideal que foi possível ser concretizado após sua graduação em História.

11 - Sebastião da Mota
O resgate e a valorização da cultura negra têm em Sebastião da Mota um dos seus maiores defensores. Trata-se de um dos maestros do Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva, única entidade cultural brasileira que mantém repertório próprio. O grupo executa mais de 80 sambas, boleros, rumbas, mambos, valsas, toadas e hinos religiosos criados ou adaptados pelo juiz-forano, considerado um dos maiores compositores do país.

12 - Vera de Fátima Flausino (in memoriam)
Trabalhou como Auxiliar de Enfermagem no Hospital Militar, antigo Pronto Socorro e no Posto de Saúde do Bairro Progresso. Em 2008, engajou-se em movimentos políticos e sociais, principalmente nos que abordam a questão racial.


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