Neste domingo, 31 de maio, Juiz de Fora comemora 165 anos e a data está motivando a reflexão sobre aspectos dessa trajetória. A cidade tem como símbolo o pioneirismo industrial e a forte inserção cultural no cenário brasileiro. A atividade política também permeia a vida da cidade com intensidade e repercute para além das montanhas de Minas. Apontada por Rui Barbosa como Manchester Mineira e como Barcelona Mineira, Juiz de Fora também foi chamada de Atenas de Minas por Arthur Azevedo.
Juiz de Fora luta para voltar a ser protagonista no desenvolvimento e um momento importante para que a cidade mostrasse seu potencial foi a década de 1980. Os anos 80 simbolizam os momentos de superação da ditadura e os primeiros passos da retomada democrática no país. A marca da década de 1980, em Juiz de Fora, é a indignação e a mobilização pela conquista da democracia, com justiça social e liberdade. Os anos 80 também foram tempos de movimentos pela preservação do patrimônio cultural e da memória da cidade. Portanto, o recorte desse período é essencial para compreendermos os embates que ocorreram na cidade e que abriram perspectivas para Juiz de Fora ser hoje o que é. Se muito vale o já feito, mais vale o que será.
Desde o final do século XIX, Juiz de Fora se projeta como pólo de desenvolvimento econômico e artístico e, a partir da virada do século XX para o XXI, vem renovando sua vocação como núcleo industrial e cultural. Pioneira na implantação da iluminação elétrica pública e na instalação da primeira usina hidrelétrica da América do Sul, em 5 de setembro de 1889, Juiz de Fora busca retomar, desde o início da década de 1980, o desenvolvimento industrial com a implantação e a consolidação de empresas de grande porte no setor automobilístico, na produção de zinco e na siderurgia. Este pioneirismo no setor elétrico foi retomado em 19 de janeiro de 2010 quando o então presidente Lula inaugurou a conversão da turbina da Usina Termelétrica Juiz de Fora (UTE JF), primeira no mundo a gerar energia elétrica a partir do etanol, primeira a usar combustível renovável para geração de energia e primeira unidade bicombustível, uma parceria da Petrobras com a General Electric (GE).
A partir de junho de 1980, a Cia. Paraibuna de Metais, atual Votorantim, inaugurava sua unidade em Juiz de Fora. No segundo semestre do mesmo ano, a Siderúrgica Mendes Júnior, depois Belgo e atual ArcelorMittal, cravava a primeira estaca de sua usina na cidade e, em 1984, entrava em operação comercial. Mais tarde, em 1996, a Mercedez-Benz instalava uma montadora em Juiz de Fora.
“O motor do mundo avança”
Juiz de Fora se transformou com a luz elétrica e vem tecendo uma trama de pioneirismo desde o final do século XIX. Chama que transcende o sonho e aponta para a esperança sempre no horizonte. Como disse Murilo Mendes (1901 – 1975): “O motor do mundo avança”.
A cada passo dado no resgate da memória dos anos 80, topamos com o encanto transcendente do outro lado da penúltima década do século XX. A cada olhar, renascem sinais do clamor popular nas asas do vento e florescem os desejos de quem luta e, sonhando, se arrisca em busca da liberdade no horizonte. Sonho e desencanto. Luta e esperança. Conquista e conformismo. Tudo ao mesmo tempo, como um sinal de contradição numa década em transformação. Por toda parte, a cidade respirava o sonho democrático com as pessoas querendo virar a vida pelo avesso e mudando seus desígnios, apesar das artimanhas do poder. Mas a espiral da mudança essencialmente prevaleceu, em desafio ao temor e ao medo.
As manifestações culturais, sociais, políticas, sindicais e estudantis serviram como instrumento de pressão e injetaram novos agentes no caldeirão que transformou Juiz de Fora, Minas e o Brasil, nos anos 80, em um autêntico laboratório de efervescência, na reconquista da democracia e da liberdade. Todas as forças sociais estão presentes neste mosaico e sintetizam o embate de amplos setores na defesa de idéias e ideais.
Assembleias e protestos, campanhas eleitorais e mobilizações, eventos artísticos e flagrantes do cotidiano, tudo apontava novos rumos e deixava marcas profundas na cidade e nas pessoas que ajudavam a construir este novo tempo. O poeta juizforano Murilo Mendes já disse: “...assim sou eu, ponho sempre em primeiro lugar as pessoas...”. A inquietação foi o ingrediente determinante e o desejo de mudança foi o oxigênio que impregnou cada pessoa e cada momento da década de 1980. Este olhar voltado para as pessoas e suas atitudes é o estímulo para que um pouco dessa história seja contada a fim de que as novas gerações possam dimensionar os caminhos trilhados para se reconquistar a cidadania e a democracia.
Luta pela redemocra¬tiza¬cão
A luta pela redemocra¬tiza¬ção teve em Juiz de Fora, nos anos 80, um dos centros políticos influentes na busca de novas alternativas partidárias e políticas. As mais amplas correntes de pensamento se articularam na conquista de espaço e na defesa de seus projetos para a cidade, para Minas e para o Brasil. Como pólo regional em Minas Gerais, Juiz de Fora desempenhou papel importante na reconstrução democrática e os mais diversos setores procuraram integrar, cada vez mais, a comunidade na participação social e política. A capacidade de indignar-se do juiz-forano e o seu inconformismo se juntavam ao amor pela liberdade. Inspirado pelo desejo de rejeitar a ditadura, o juiz-forano mostrou de forma contundente sua vontade de mudança.
A aprovação da Nova Lei Orgânica dos Partidos, em dezembro de 1979, extinguira o bipartidarismo, prenunciando um novo tempo partidário para a nova década. A cidade, antes dividida entre as sublegendas da Arena e do MDB, passaria a experimentar a diversidade partidária com o surgimento de outras siglas, como o PT, PMDB, PDS, PDT, PFL e PP, além do ressurgimento de PTB, PSB, PCB e PCdoB e, depois, em 1988, com a criação do PSDB.
Enquanto os metalúrgicos do ABC paulista, liderados por Luiz Inácio da Silva, o Lula, articulavam uma das maiores greves já vistas no Brasil, entre abril e maio de 1980, o movimento sindical em Juiz de Fora dava os primeiros sinais de sua reorganização. Na cidade, era editado o número nove dos Cadernos do CET, uma publicação mensal da Fundação Centro de Estudos do Trabalho inteiramente dedicada à greve em Juiz de Fora e elaborada a partir de depoimentos dos operários que participaram do movimento grevista na cidade. O folheto, em quadrinhos, trazia versos do poeta Vavado da Jisuana.
Com a venda da TV Industrial para a Rede Globo, passando a se chamar TV Globo Juiz de Fora, em abril de 1980, e depois TV Panorama, a atual TV Integração passaria a gerar programas e ampliar seu raio de ação na Zona da Mata e Vertentes. Em maio do mesmo ano, teve início, no dia 12, uma das maiores greves dos professores estaduais em Minas. Coordenada pela União dos Trabalhadores do Ensino, então UTE-MG, atual Sind – UTE, a greve durou 41 dias e mobilizou, além de Belo Horizonte e Juiz de Fora, outras 418 cidades mineiras.
A mobilização na ordem do dia
Grandes manifestações do movimento estudantil e social sacudiram a cidade, na mobilização pela liberdade, pela melhoria do ensino público e gratuito e pela Assembléia Nacional Constituinte. O Brasil pulsava e Juiz de Fora dava sua contribuição à luta democrática. Em novembro do mesmo ano, no dia 26, na 4ª Auditoria Militar, tendo como defensores o jurista Heleno Fragoso e o conceituado advogado juiz-forano Winston Jones Paiva, acontecia a absolvição de militantes de esquerda acusados de infringirem a Lei de Segurança Nacional, no episódio que ficou conhecido como “Julgamento dos 18”.
A presença na cidade, em março de 1982, de Luiz Inácio Lula da Silva, então líder sindical iniciando sua inserção partidária na cena nacional, a partir da fundação do Partido dos Trabalhadores, em 1980, atesta a vitalidade de Juiz de Fora na luta pelas liberdades democráticas e pela justiça social. Ao lado de Paulo Delgado, então professor, sociólogo, sindicalista e secretário nacional de filiação e nucleação do PT, além de fundador do partido em Juiz de Fora, Lula percorreu portas de fábricas, realizou caminhada pelo centro da cidade e autografou o livro “Lula sem Censura”.
As eleições de 1982 foram realizadas numa conjuntura de aguda crise política e agravamento da crise econômica, com recessão industrial, ampliação do desemprego e aumento de preços. Em meio a isso, o movimento popular ganhava força, mas as restrições à participação popular atestavam que os governistas ainda tinham cartas na manga.
O prefeito Mello Reis, do PDS, inaugurou o Mergulhão na Avenida Rio Branco, em 2 de junho de 1982, ao lado de Eliseu Rezende, Fernando Fagundes Neto, José Carlos Fagundes Neto e Fernando Junqueira. Um grande comício do PMDB reunia na cidade, em 12 de novembro de 1982, Tancredo Neves, seu assessor e neto Aécio Neves, Tarcísio Delgado, Sebastião Helvécio, Marcello Siqueira e Itamar Franco, que seria reeleito senador. Tancredo seria eleito governador, Tarcísio ganharia a disputa para a prefeitura e o ex-presidente do CGT, Clodesmidt Riani, já anistiado, seria eleito deputado estadual. Em dezembro do mesmo ano, o presidente Figueiredo visitava as futuras instalações da Siderúrgica Mendes Júnior. Sua passagem pela cidade motivou a prisão temporária de diversas lideranças oposicionistas.
Em 19 de abril de 1983, o PDT comemorou em praça pública os 100 anos de Getúlio Vargas. Nos anos 80, a cidade teve como administradores Mello Reis (1977–1983), Tarcísio Delgado (1983–1989) e Alberto Bejani (1989–1992). A década, assim, passava por três modelos de administração municipal e por duas transições turbulentas. A ebulição política e as contradições da época levavam as mobilizações para as ruas e as reivindicações se ampliavam.
Aproveitando a presença de Tancredo Neves, em maio de 1983, artistas, escritores e jornalistas, que integravam o movimento “Mascarenhas, Meu Amor”, entregaram um manifesto da comunidade juiz-forana, contendo milhares de assinaturas e reivindicando a doação da parte pertencente ao Estado de Minas Gerais na antiga Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas. O então prefeito, Tarcísio Delgado, e o então superintendente da Funalfa, Reginaldo Arcuri, acompanharam o governador, que anunciou a intenção de atender a reivindicação da cidade. Era o primeiro passo efetivo para a posterior transformação da velha fábrica num centro cultural, depois também no mercado municipal e num centro de distribuição para as malharias.
Mascarenhas, meu amor
A edição do jornal Diário Mercantil, de 17 de julho de 1983, trazia uma longa e contundente entrevista com expoentes da campanha “Mascarenhas, Meu Amor”, Henrique Simões, Walter Sebastião e Guilherme Bernardes, além de um depoimento do então prefeito Tarcísio Delgado. A luta pela Mascarenhas mobilizava amplos setores culturais e uma passeata pelo centro da cidade, realizada em 30 de julho de 1983, reuniu nomes de expressão nacional, como Rubem Fonseca, Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Rachel Jardim, Ruy Merheb, Carlos Bracher, Nívea Bracher, Décio Bracher, Fani Bracher, Dnar Rocha, Jorge Arbach, Kim Ribeiro e João Guimarães Vieira, o Guima, além do deputado João Batista dos Mares Guia, então presidente da Comissão do Patrimônio Histórico da Assembléia Legislativa de Minas. Um debate, após a passeata, avaliou a estratégia de resgate da velha fábrica Mascarenhas.
A luta ganharia repercussão nacional, em 21 de agosto de 1983, quando o caderno Idéias, do Jornal do Brasil, publicou um artigo intitulado “Juiz de Fora quer transformar velha fábrica em centro de arte e cultura”, mostrando a importância da preservação de um dos ícones arquitetônicos do período industrial brasileiro no final do século XIX e início do século XX. A velha fábrica Bernardo Mascarenhas, em 31 de maio de 1987, foi transformada num moderno centro cultural, administrado pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage - Funalfa, voltado para a integração de atividades artísticas. A ousadia de artistas, produtores culturais, escritores, jornalistas e amplos setores da comunidade, a partir de 1983, ao lado do empenho da administração pública, tornou possível sua recuperação e sua transformação em uma fábrica de arte em pleno coração da cidade.
O fechamento dos jornais Diário Mercantil e Diário da Tarde, em 29 de novembro de 1983, ambos dos Diários Associados, provocou surpresa nas redações e empobreceu a cena jornalística juizforana. Afinal, o Mercantil era a mais tradicional publicação da cidade e o vespertino visava atingir os setores populares.
Juiz de Fora realizara, em 21 de janeiro de 1984, mobilização no Calçadão com a presença do senador Itamar Franco, defendendo a realização de eleições diretas para Presidente. Em São Paulo, na Praça da Sé, aconteceu a primeira grande manifestação nacional pelas diretas. Em 29 de fevereiro de 1984, já que era um ano bissexto, a Praça da Estação foi palco do maior comício da história política de Juiz de Fora em defesa das eleições presidenciais diretas. Ao reunir uma multidão, calculada em mais de 30 mil pessoas, a mobilização movimentou a cena política, trazendo à cidade Tancredo Neves, Pedro Simon, Itamar Franco, Gonzaguinha, Fernando Brant, Cristina Buarque de Holanda, Bete Mendes, Rubinho do Vale, Monarco e Noca da Portela.
Em Juiz de Fora, em 25 de abril, uma vigília pela votação das “Diretas, já” também movimentou o Parque Halfeld, enquanto a Câmara Federal rejeitava, por 22 votos, a emenda Dante de Oliveira, que marcava eleições diretas para presidente. Um placar mostrou, voto a voto, a posição dos parlamentares. A emenda constitucional obteve 298 votos dos deputados, mas necessitava de 320 votos para ser aprovada. A frustração geral com o resultado da votação não foi menor em Juiz de Fora.
D’Lira na vanguarda literária
Entre 1983 e 1984, expoentes da nova literatura criada em Juiz de Fora editaram três números da prestigiada revista D’Lira, um marco da renovação literária em Minas e que projetou os poetas Edimilson de Almeida Pereira, Iacyr Anderson Freitas, Fernando Fábio Fiorese Furtado, Júlio Polidoro, Walter Sebastião, Eustáquio Gorgone, Luiz Guilherme Piva, Sérgio Klein, José Santos e José Henrique da Cruz, entre muitos outros. A edição final da D’Lira encartou um fascículo com a última entrevista concedida pelo memorialista Pedro Nava.
O I Festival de Rock de Juiz de Fora, articulado por Marcos Petrillo, movimentou a cena musical, em 13 de agosto de 1983. Já, em maio de 1985, o II Festival de Rock de Juiz de Fora teve a Legião Urbana como ponto forte. Em maio de 1986, durante o III Festival de Rock de Juiz de Fora, Cazuza foi o destaque. O IV Festival de Rock de Juiz de Fora, em outubro de 1989, teve como ponto alto a banda Barão Vermelho. Somente em 1993, em 8 e 9 de outubro, seria realizado o V Festival de Rock de Juiz de Fora.
O prefeito Tarcísio Delgado e o ex-sindicalista Clodesmidt Riani, em 31 de maio de 1983, entregaram a Medalha Henrique Halfeld ao governador de Minas, Tancredo Neves, na Câmara Municipal, reconhecendo seu empenho em defender reivindicações da cidade.
Juiz de Fora vivenciava outras manifestações em defesa do patrimônio cultural, mas que não tiveram a mesma sorte do movimento “Mascarenhas, Meu Amor”. Em dezembro de 1985, artistas e escritores recolheram assinaturas da comunidade em manifesto defendendo o tombamento do Palácio Episcopal. Em março de 1986, os mesmos setores culturais articulavam mobilização pelo tombamento da antiga Capela do Colégio Stella Matutina. Em ambos os casos, os históricos imóveis não foram tombados pelo poder público municipal e foram demolidos, frustrando os defensores da preservação da memória arquitetônica da cidade.
A região polarizada por Juiz de Fora elegeu como deputados federais constituintes Paulo Delgado (PT), Mello Reis (PDS) e Silvio Abreu (PMDB).Em 18 de dezembro de 1989, Fernando Collor e Itamar Franco foram eleitos pelo voto direto, num segundo turno onde valeu tudo para derrotar Lula. A posse presidencial aconteceu em 15 de março de 1990. Em fins de 1992, após o impeachment de Collor, Itamar tornou-se o Presidente da República, com mandato até janeiro de 1995.
Em defesa do patrimônio cultural
O Museu Mariano Procópio, o mais importante museu mineiro, abrigando um dos mais significativos acervos do período imperial no País, é um dos ícones culturais da cidade. Situado no alto e no centro de um parque de 78 mil metros quadrados, o Museu valoriza ainda em seus jardins a flora exótica e brasileira. A luta pela preservação do Museu a partir dos anos 80 ganhou força na cidade.
O Cine-Theatro Central, importante casa de espetáculos de Minas, construída em 1929 e que hoje pertence à Universidade Federal de Juiz de Fora, expressa a emoção de todos nós. Depois de uma ampla campanha de mobilização da comunidade cultural, iniciada em dezembro de 1982 e que teve continuidade em janeiro de 1983, antes mesmo da posse na prefeitura de Tarcísio Delgado, o Central seria alvo de intensa pressão social e cultural. Posteriormente, seria tombado pelo município e pelo Iphan e adquirido pela UFJF com recursos federais, em 1994, durante o período em que Itamar Franco assumiu a presidência da República e Murílio Hingel foi ministro da Educação. O Theatro Central foi totalmente restaurado, durante a administração municipal de Custódio Mattos, em 1996, voltando a pulsar no coração da cidade. Os mais importantes nomes da cultura brasileira vêm, ao longo do tempo, deixando fluir, a partir de seu palco, todo o encantamento que a arte possibilita.
A tradição musical da cidade, que nos anos 80 vivenciou um panorama de retomada, possibilitou que fossem dados os primeiros passos para, mais tarde, a cidade sediar festivais internacionais de música antiga e colonial brasileira e de corais. Assim, Juiz de Fora passou a receber músicos renomados, além de professores e estudantes de música de diversos países, se transformando num núcleo de referência internacional da música de época. O intercâmbio cultural e o potencial artístico, educacional e turístico desses eventos contribuem para o aprimoramento da formação musical, aproximando vertentes artísticas múltiplas. O Centro Cultural Pró-Música teve fundamental participação e foi pioneiro na consolidação desta perspectiva na cidade e na difusão do ensino e na formação musical.
Por Jorge Sanglard
Jornalista e pesquisador