Publicada em: 18/12/2014 - 89 visualizações

Homenagem a Ministrinho emociona plateia na Câmara Municipal

Homenagem a Ministrinho emociona plateia na Câmara Municipal (18/12/2014 00:00:00)
  • Homenagem a Ministrinho emociona plateia na Câmara Municipal
 

O título de Cidadão Benemérito Post-Mortem em celebração ao centenário do nascimento do compositor e instrumentista Armando Toschi, o Ministrinho, proposto pelo vereador Wanderson Castelar (PT), simbolizou uma reverência à memória de um personagem que dedicou sua vida à música. A solenidade foi nesta quarta-feira (17/12).

Os filhos de Ministrinho, Cezira Toschi e Armando Toschi Filho, receberam das mãos do vereador Wanderson Castelar o título e demonstraram toda a emoção pela homenagem ao músico. Familiares e amigos do samba marcaram presença no evento, que contou com a participação musical do grupo Visceral, do cantor Roger Resende, de integrantes da bateria da Escola de Samba Turunas do Riachuelo.

O presidente, Julio Gasparette (PMDB), ressaltou a relevância do encerramento das comemorações do centenário de Ministrinho acontecer na Câmara Municipal e o vereador Wanderson Castelar, o papel de Armando Toschi no cenário musical juiz-forano. O autor da homenagem agradeceu ao instrumentista e pesquisador Márcio Gomes por sua defesa permanente da memória de Ministrinho.

Filho do casal de italianos Andrea Toschi e Cezira Toschi, Ministrinho foi o caçula em uma família de onze irmãos. Nasceu no dia 4 de maio de 1914, em Juiz de Fora, três anos após seus irmãos, Remo e Bruno Toschi, terem fundado o Tupinambás Futebol Clube.

Foi jogador do clube até 1933, quando ingressou na Companhia Mineira de Eletricidade e passou a defender o Esporte Clube Mineira. Seu apelido foi dado por torcedores que compararam seu estilo ao do jogador Pedro Sernagiotto, craque do Palestra Itália, chamado de Ministrinho.

Aos oito anos de idade já arranhava o cavaquinho, influenciado pelos irmãos Remo, Américo e Alfredo, que formavam um conjunto. Em sua casa foi fundado o rancho carnavalesco “Quem São Eles?” e o bloco “Feito com Má Vontade”, que deu origem, em 1934, à Escola de Samba Turunas do Riachuelo, a primeira de Minas Gerais.

À frente da escola de samba ou do conjunto regional por ele criado em 1940, Ministrinho sempre atuou pelo fortalecimento do carnaval e pela divulgação das obras dos compositores da cidade, independentemente de qual agremiação pertencessem. Foi compositor, instrumentista, cantor, ensaiador e chefe de conjunto.

Ministrinho participou com seu grupo do LP “Samba é Povo”, produzido em 1967 pela Prefeitura de Juiz de Fora sob a direção de José Carlos de Lery Guimarães, e do LP duplo “Música Popular em Juiz de Fora”, de 1981. Gravou em 1996 o CD “Ministrinho, Nosso ídolo”, só lançado após seu falecimento em 22 de dezembro de 1996.

 

 


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