Publicada em: 04/12/2007 - 113 visualizações

Vereadora Rose convoca audiência para debater situação dos flanelinhas

Vereadora Rose convoca audiência para debater situação dos flanelinhas (04/12/2007 00:00:00)
  • Vereadora Rose convoca audiência para debater situação dos flanelinhas        “Preocupante e igualmente delicada”. Assim definiu a vereadora Rose França (PSC) a situação dos flanelinhas nas ruas de Juiz de Fora. O assunto foi levado em debate, na...
 

Vereadora Rose convoca audiência para debater situação dos flanelinhas

       “Preocupante e igualmente delicada”. Assim definiu a vereadora Rose França (PSC) a situação dos flanelinhas nas ruas de Juiz de Fora. O assunto foi levado em debate, na audiência pública, solicitada pela legisladora para tentar resolver o problema. “Mesmo existindo diversos programas destinados a tirar, das ruas, esses adolescentes, dando-lhes dignidade e cidadania, a missão acaba não tendo êxito. É preciso repensar os aspectos e os impactos sociais que essa atividade causa em nossa cidade”, disse.
       Rose está preocupada com o crescente número de flanelinhas que vêm exercendo esse tipo de atividade no município. “O fenômeno obriga a necessidade de uma intervenção imediata das autoridades”. Uma das propostas é fazer com que esses trabalhadores se organizem em associações, para que sejam prontamente identificados como prestadores de serviços à comunidade. “Não podemos deixar que essa situação ganhe um tom de crime organizado e faça, de reféns, cidadãos que pagam seus impostos para poderem utilizar as ruas de forma pública”, disse.
       A reunião foi motivada pelo projeto de lei, apresentado por Rose, que regulariza a ação desses trabalhadores informais. De acordo com a matéria, fica estabelecida a obrigatoriedade da identificação dos flanelinhas atuantes em todo município. Eles deverão estar devidamente cadastrados no Poder Público. A identificação devera ser através de camiseta ou colete e cartão. Competirá ao Executivo definir a forma e as condições necessárias para que se faça cumprir o determinado.
       Para o capitão Almir Cassiano de Almeida, do 27º Batalhão de Polícia Militar, a situação tem sido discutida pela PM há muito tempo. Ele informou que a corporação já tem feito o cadastro desses cidadãos para mapear, inclusive, o número de incidências de furtos e roubos nos bairros onde eles atuam. “É necessário e urgente o cadastramento periódico desses flanelinhas pelo Poder Público. A PM teria mais condições de saber atuar, caso aconteça algo mais sério envolvendo esses trabalhadores”, disse.
       Newton Werneck, diretor dos Centros Regionais, defende o estudo mais aprofundado da situação. Ele acredita que o problema dos flanelinhas precisa ser encarado como uma questão social séria. “Devemos avançar na apresentação de soluções para o problema, dando oportunidades dessas pessoas terem um emprego digno e não continuarem no mercado informal, numa profissão não reconhecida pela sociedade”.
       O representante do Conselho Comunitário de Segurança Pública do bairro São Mateus, José Luiz Britto Bastos, foi mais radical em sua opinião. Para ele os flanelinhas são, “na sua maioria, pessoas inseridas em algum tipo de ação criminosa”. Ele disse que tem observado um “certo rodízio” entre os trabalhadores, afirmando que, “a maioria dos crimes na região dos bairros da Zona Sul está ligada aos flanelinhas”. José Luiz concorda com o cadastramento, explicando que a sociedade terá mais respaldo ao constatar alguma situação suspeita nas ruas da cidade.

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