Publicada em: 18/02/2014 - 91 visualizações

Inundações no Bairro Industrial voltam a ser discutidas em Audiência Pública

Inundações no Bairro Industrial voltam a ser discutidas em Audiência Pública (18/02/2014 00:00:00)
  • Inundações no Bairro Industrial voltam a ser discutidas em Audiência Pública
 

     Há dois anos, a pedido do vereador Wanderson Castelar (PT), foi realizada Audiência Pública sobre as inundações nos bairros Industrial e Francisco Bernardino, bem como em outras localidades da região. Nesta terça-feira (18/02), aconteceu mais uma Audiência sobre o tema convocada pelo vereador, que relatou que o problema prossegue “e nada de efetivo foi feito”. Ele fez uma ressalva à conclusão do Plano de Drenagem da Zona Norte, com extensão da rede de captação de águas pluviais. O plano, na sua avaliação, vai minimizar as consequências. Está prevista a construção de duas bacias de contenção e infiltrações, denominados popularmente de piscinões, duas a céu aberto e uma subterrânea..
    Diante das dificuldades financeiras alegadas pela Prefeitura para resolver o problema em definitivo, Castelar cobrou a elaboração de projetos e a busca de recursos junto ao Ministério das Cidades. “Hoje o caminho para os recursos está sendo facilitado pelo Governo Federal. É preciso investir em técnicos, reforçar o setor de planejamento. Essa administração tem a oportunidade histórica de fazer a diferença em relação às anteriores. É preciso ter vontade política.”
    O vereador Chico Evangelista (PROS) se referiu a outras audiências, inclusive convocadas por ele, para tratar da questão e ressaltou que todos os mecanismos disponíveis na Câmara foram acionados em defesa da população. Em reunião com moradores mais antigos, o vereador confirmou que a curva no rio na altura do bairro Industrial agrava o problema, mas tem conhecimento de parecer contrário dos órgãos do meio ambiente quanto à possibilidade de remoção. Chico Evangelista também apresentou vários requerimentos pedindo providências, uma delas a construção de um muro separando as águas do rio das do córrego.
   André Mariano (PMDB) relatou que a Igreja do Evangelho Quadrangular é uma das construções sempre invadidas pelas águas, o que o levou a ratificar pedido de investimento de recurso para canalização de córrego e a manutenção permanente da limpeza.
   Já no seu primeiro mandato como vereador, em janeiro de 1997, o atual presidente da Câmara, Julio Gasparette (PMDB), assistiu ao problema enfrentado pelo bairro Industrial, um indicativo do longo tempo sem solução. “Em função do crescimento da cidade, Juiz de Fora precisa de um plano de águas pluviais com projeção para, pelo menos, cem anos.”
    Solidariedade aos moradores foi manifestada também pelo vereador Jucelio Maria (PSB), que já morou em local de alagamentos. Ele adiantou ter apresentado projeto de lei que dispõe sobre ações intersetoriais de prevenção e enfrentamento às chuvas.
    O secretário de Obras, Amaury Curi, deixou claro que o problema de águas pluviais atinge toda a cidade e não é de fácil solução, devido ao custo elevado. São necessários investimentos de R$ 30 milhões durante 20 anos. O secretário enfatizou a preocupação do prefeito e adiantou que o Poder Público está em busca de recursos junto ao BDMG e órgãos federais.
    A importância de grandes investimentos foi confirmada pelo diretor-presidente da Cesama, André Borges. No Francisco Bernardino, ele acredita que seja necessária levantar a ponte, além da quebra bloco de cimento na lateral. Para o Bairro Industrial, assinou que a conjuntura é mais complexa. A solução passa por uma batimetria, que é metragem da topografia do fundo do rio, permitindo estudo de alternativas para aumento da vazão.
    A informação sobre o procedimento deixou o vereador Zé Márcio (PV), também engenheiro, mais otimista, uma vez que possibilitará a apresentação de uma proposta correta e adequada. O vereador sente que o problema vem se agravando durante os anos com a urbanização.
    Santiago da Silva Chaves, morador do Bairro Industrial, pediu que as autoridades zelem pelas famílias que lá residem, pagam seus impostos e enfrentam uma verdadeira tortura psicológica de outubro a março, período das chuvas. Ele se referiu a um projeto que prevê bombeamento e resolveria parte do problema pelo custo de R$ 20 mil. O vereador Isauro Calais (PMN) solicitou o detalhamento da iniciativa por engenheiros da SMO e disponibilizou recursos provenientes de emendas parlamentares ao orçamento municipal para a execução.
    Moradora do bairro há 40 anos, Rosimar Maria Nunes relatou que durante todo esse tempo convive com o problema, enquanto Ivonete Silva Santos reclama de não poder visitar a mãe no Natal com receio de se deparar com grandes perdas ao retornar.
    Conceição Firmino, do Francisco Bernardino, relata que bastam 20 minutos de chuvas para inundar a região. Geralmente pela madrugada, os moradores são surpreendidos pela elevação das águas. Ela alertou que parte do córrego sofre com assoreamento, o que contribui para os alagamentos.


 


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