Publicada em: 08/01/2014 - 79 visualizações

Audiência Pública debate situação do Parque Halfeld

Audiência Pública debate situação do Parque Halfeld (08/01/2014 00:00:00)
  • Audiência Pública debate situação do Parque Halfeld
 
   Um diagnóstico sobre acessibilidade, preservação e segurança do Parque Halfeld foi feito nesta quarta-feira (08/01) durante Audiência Pública convocada por solicitação do vereador José Mansueto Fiorilo (PDT). Os pronunciamentos indicaram a necessidade de melhorias urgentes. Representantes da Prefeitura adiantaram que o assunto está sendo tratado como prioridade. O superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, foi encarregado de coordenar os trabalhos.
   Fiorilo foi instigado por uma correspondência de um grupo de alunos da Escola Municipal José Calil Ahouagi que estudaram o tema “Olhares para a cidade, o Parque Halfeld como um jardim no coração de Juiz de Fora”, inserido no projeto “Fio da história, memórias e narrativas.” Pouco tempo depois, a posição dos alunos foi reforçada por um abaixo-assinado com 2.200 adesões dos moradores e comerciantes do entorno, cobrando moralização, conservação e manutenção da área, tombada pelo patrimônio municipal.
   O relato dos alunos, também enviado ao prefeito Bruno Siqueira, ao secretário de Educação Weverton Vilas Boas, ao superintendente da Funalfa Toninho Dutra, a todos os vereadores e ao jornal Tribuna de Minas, motivou a apresentação e aprovação de vários requerimentos nos quais Fiorilo considerou observações, reflexões, textos e imagens produzidos pelos estudantes. Outros vereadores fizeram o mesmo. Foram reivindicadas ampliação do efetivo da guarda municipal, revitalização da iluminação, melhoria da limpeza e manutenção, desenvolvimento de atividades culturais e educacionais voltadas para alunos das escolas municipais, além de campanhas de incentivo a visitas por toda a população.
   A ideia é levar a comunidade a ocupar um espaço público que lhe pertence e valorizá-lo como referência histórica do município. Fiorilo recomenda um tratamento “mais adequado e conveniente” ao Parque, com reflexos positivos na qualidade de vida dos frequentadores.
   O uso indevido da área foi testemunhado na visita feita pelos alunos da Escola José Calil Ahouagi que reconheceram muitos pontos positivos, mas também relataram “impressões negativas”. “Presenciamos o uso de drogas no coreto, perto dos brinquedos e muito próximo dos idosos, que estavam jogando baralho e damas. Observamos muito lixo: papéis, latinhas, camisinhas, sacos de lixo colocados por caminhões que passaram na rua Santo Antônio, além dos canteiros centrais e laterais mal cuidados.”
   O retorno da Prefeitura se deu através do anúncio de providências já tomadas, como o assentamento de pedras portuguesas, a retirada de pérgulas, a poda de árvores e a instalação da Guarda Municipal no quiosque, aliado ao desenvolvimento de um projeto de reforma total do espaço. O plano abrange calçada, acessibilidade, bancos, mesas de jogos, iluminação, paisagismo, substituição do alambrado do parquinho e elaboração de uma legislação que regulamente o uso e a permanência dos frequentadores além dos bens tombados. O anúncio foi feito pela secretária de Administração, Andréia Goreske.
   Uma vez anunciadas as melhorias, o presidente da Câmara, Julio Gasparette (PMDB), defendeu o gradeamento do Parque, com abertura ao público entre das 7h às 19h. A intenção é moralizar a utilização da área. A proposta gerou polêmica. Jucelio Maria (PSB) entende que a medida só trata das consequências e não das causas do problema. Rodrigo Mattos (PSDB) é pelo estudo amplo da questão. Já Isauro Calais (PMN) entende que o Parque deve ser mantido aberto, porém não condenou a possibilidade de fechamento.
 
 


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