O ex-vereador Eduardo Fonseca Novy faleceu nesta segunda-feira (25/11), aos 66 anos, vítima de câncer. Novy, natural de Santa Luzia, Minas Gerais, cumpriu dois mandatos como vereador na Câmara Municipal de Juiz de Fora, de 2001 a 2008, com passagens pelo PSC e PTB. O corpo será velado na sede do Legislativo a partir das 20h30. O enterro acontece nesta terça-feira, às 15h, no Cemitério Parque da Saudade. Novy deixa esposa, três filhos e cinco netos.
     Sua atuação foi voltada principalmente para a área rural. Gestões por ele desenvolvidas junto ao Executivo propiciaram conquistas há muito esperadas como a chegada da água tratada a Caeté e eletrificação de localidades mais afastadas. Essa preocupação com o campo não o afastou da zona urbana. Novy desenvolveu programas voltados principalmente para os jovens. O de inclusão digital tornou-se um dos mais conhecidos.
     Milhares de adolescentes de toda a cidade receberam treinamento gratuito em informática, através de núcleos que funcionavam com voluntários e micros doados. Assim foram preparados para disputar vagas no mercado de trabalho em condições de igualdade com os demais. Ele entendia que o acesso à informática contribuía para a cidadania e investiu forte nesse setor.
     Entre as leis de sua autoria, vigoram a que determina a Prefeitura colocar à disposição das entidades assistenciais do município, consideradas de utilidade pública, equipamentos apreendidos pela fiscalização. Da mesma forma, há também uma norma de sua autoria que prevê a doação de alimentos apreendidos a entidades assistenciais, após análise de técnicos da Prefeitura.
     Na busca da redução do déficit habitacional, ele conseguiu aprovar a Lei 10.928 que garantiu aumento de receita para o Fundo Municipal de Habitação (FMH) ao reverter para o órgão multas aplicadas sobre irregularidade em construções e parte das taxas recolhidas com a aprovação de projetos de engenharia.
    O incremento do turismo religioso foi mais uma marca da sua atuação. Integrantes da Igreja Católica solicitaram e ele apresentou projeto propondo a criação do “Caminho da Penitência Através da Fé”. A ideia era tornar o Morro do Cristo um local de peregrinação, por meio da construção de marcos, representativos da via sacra.
     Ex-diretor do Sindicato Rural de Juiz de Fora e técnico que ocupou chefia na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER-MG), Novy mantinha-se atento às questões da área. Isso o levou a propor também a separação do leite das bebidas lácteas nas prateleiras dos supermarcados.