O Plano Municipal de Cultura, recentemente aprovado por unanimidade na Câmara Municipal, foi tema da Audiência Pública desta quarta-feira (20/11) proposta pelo vereador Wanderson Castelar (PT). O dispositivo estabelece diretrizes e prevê a ampliação de 2% do orçamento municipal para a cultura ao longo dos próximos 10 anos.
Castelar alertou para a urgência na aplicação da proposta para avanços no município e enfatizou a necessidade de recursos para fortalecer ações em andamento, além da implementação de novas iniciativas. O instrumento é um requisito par o estabelecimento de um Sistema Municipal de Cultura.
“Estamos vivendo um momento histórico”, afirmou o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, lembrando o processo “artesanal” de elaboração do plano, para que se tornasse plural. Ele esclareceu que o texto organiza a pauta e propõe a direção para os próximos anos. “A sua aprovação por unanimidade da Câmara agrega muito valor ao projeto. Demos uma lição de democracia”, disse.
As palavras de Toninho Dutra foram reforçadas pelo superintendente do Museu Mariano Procópio (Mapro), Douglas Fasolato. Ao se referir especificamente ao Mapro, ele informou que, mesmo com apenas um terço de área aberta ao público, encontra-se em andamento um processo para dar mais visibilidade ao espaço. Em 2014, o mesmo trabalho será estendido para outros municípios.
O longo tempo demandado para a criação da Lei Murilo Mendes, do Fundo Municipal de Cultura e para a construção do Plano Municipal, além das dificuldades para obtenção de recursos pelo movimento cultural, foram citados por Jorge Sanglard, do Conselho Municipal de Cultura. “O Movimento deve se manter mobilizado, na vanguarda. Estamos discutindo como chegar a 2% do orçamento quando já deveríamos ter alcançado esse patamar”, desabafou.