Representantes do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias (Sindace) ocuparam a Tribuna Livre nesta terça-feira (19/11) para solicitar a intermediação da Câmara para estabelecimento de diálogo com a Prefeitura sobre salários e condições de Trabalho. Também fizeram denúncias sobre pressões de supervisores, além da precariedade no exercício da função. O presidente da Câmara, Julio Gasparette (PMDB), designou a Comissão de Saúde para apurar os fatos. Os vereadores Antônio Aguiar (PMDB), José Mansueto Fiorilo (PDT), Aparecido Reis (Cido-PPS) e Chico Evangelista (PROS) terão dez dias de prazo para apresentar os resultados.
Felipe Linhares esclareceu que as funções dos agentes vão muito além da exterminação do mosquito da dengue e cobrou treinamento para a categoria. O respeito à portaria do Governo Federal que estabelece novos patamares salariais para os trabalhadores também integrou a pauta. Ele se queixou das condições precárias de trabalho e relatou pressão de supervisores, alegando que todos são indicados. Durante campanha realizada em um sábado, não foi oferecido sequer almoço aos profissionais. Atualmente há em torno de cem agentes de endemias e são necessários pelo menos 220 para cobertura adequada no município.
O reconhecimento do Sindace pela Prefeitura como legítimo representante da categoria foi reivindicado por Rita das Dores Cunha. Ela fez a entrega à Câmara de documento que oficializa a entidade. A sindicalista ratificou as pressões enfrentadas pelos servidores, relatando que em 12 de novembro, data de paralisação nacional pelo piso, foram mobilizados para aderir na parte da tarde e sofreram ameaças de corte de ponto. Rita Cunha ainda cobrou a convocação dos concursados, alertando para o longo tempo de espera para a chamada.