Em atendimento a Lei 10.000 de 2001, a audiência pública da tarde desta terça-feira (22/10) contou com a presença do superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, Douglas Fazolato. O vereador Rodrigo Mattos (PSDB), proponente do encontro, abriu o debate parabenizando o superintendente pelo trabalho realizado frente ao Museu, considerado o mais importante do Brasil.
O prédio foi construído por Mariano Procópio em 1861, segundo projeto do arquiteto alemão Carlos Augusto Gambs. A partir de 1915 foi transformado em museu particular por Alfredo Ferreira Lage. Para marcar o centenário de nascimento de Mariano Procópio, em 23 de junho de 1921, Alfredo Lage inaugura o museu na Villa – museu-casa.
As obras realizadas no Parque a partir de 2005 tiveram como objetivo reabrir a região do entorno do lago à visitação pública, incluindo infraestrutura de atendimento, limpeza e estaqueamento do lago e reforma das bordas, implantação de projeto paisagístico, instalações elétricas e luminotécnica. Foram elaborados também projetos de topografia, topobatimetria, revisão da drenagem, restauração ou nova concepção de contenção das margens do lago. A manutenção da área é permanente e no local são desenvolvidas atividades educativas e culturais.
O superintendente explicou sobre o tombamento do Parque Museu Mariano Procópio e o tombamento do imóvel. “O decreto 7477, de 26 de julho de 2002, dispõe sobre o tombamento do imóvel onde se acha instalada a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, localizada na Rua Mariano Procópio, anteriormente parte da propriedade do Comendador Mariano Procópio. De acordo com o artigo 2°, ficam tombados, integralmente, o prédio sede, seu interior, sua volumetria e suas fachadas, a conformação dos jardins defronte ao imóvel, a aleia de palmeiras da entrada principal e as palmeiras existentes ao longo da Rua Mariano Procópio,”explicou.
Douglas Fazolato apresentou planilha de projetos e obras para a Villa, em fase de contratação e execução. “Estão sendo realizadas a elaboração do projeto para novo sistema de condutores de águas pluviais, execução de obras de melhorias das condições de estabilização das fundações da Villa, do projeto de disciplinamento da drenagem do entorno dos Prédios Históricos - Villa e Mariano Procópio, do projeto de restauração das fachadas e decorativismo, instalações elétricas da Villa Ferreira Lage, aquisições e instalações dos materiais e equipamentos para Telecomunicações - CFTV – Alarme, elaboração e execução de projetos complementares (instalações hidráulicas, sistema de proteção e combate a incêndio, climatização, acessibilidade, luminotécnico, museográfico, museológico e de curadoria).
Foi apresentada também uma segunda planilha com os projetos e obras para o Prédio Mariano Procópio, em fase de contratação e execução, como a execução da 2ª etapa da restauração das fachadas, execução do projeto de restauração do lanternim e da clarabóia, implantação de acessibilidade e seguridade do Prédio Mariano Procópio, elaboração e execução de projetos complementares (instalações hidráulicas, sistema de proteção e combate a incêndio, climatização, acessibilidade, luminotécnico, museográfico, museológico e de curadoria).
As ações de preservação e restauração do Acervo e Instalações das Reservas Técnicas também foram expostas como a reforma e adaptação das Reservas Técnicas, identificação e Catalogação do Acervo, conservação e Restauração do Acervo em melhoria das condições de segurança e acesso. “ Em fase de contratação e execução como preservação do Acervo do Museu Mariano Procópio está a pesquisa e catalogação – Edital Modernização de Museus – IBRAM e restauração de porcelanas e pinturas de cavalete”, disse o superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio.
O Secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa Neto, falou que essa é uma experiência inédita. “Nunca vi um esforço conjunto tão amplo desta casa juntos aos poderes, temos que aproveitar e aprofundar mais as discussões para que o Museu seja reaberto o mais rápido possível”.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Julio Gasparette (PMDB) disse que o Museu precisa de mais verbas para terminar as obras. “Vou fazer dois projetos de lei que visam levar recursos para ajudar o museu e sua reabertura. O primeiro visa a destinação de 10% da verba da Lei Murilo Mendes para projetos sobre o Museu e o segundo é inserir nas contas de água da população um número de conta bancária para aquele que tem interesse em ajudar o Museu com doações”.
Wanderson Castelar (PT) disse que o fechamento do Museu foi um erro. “É preciso mais incentivo para que as pessoas ajudem financeiramente na reabertura”.