Os vereadores Jucelio Maria (PSB) e Wanderson Castelar (PT) apresentaram uma representação a ser aprovada pela Câmara Municipal para levar às autoridades estaduais as reivindicações da sociedade civil organizada e de outras autoridades municipais a necessidade de aumento no efetivo das polícias Civil e Militar em Juiz de Fora, assim como a melhoria nos equipamentos utilizados por ambas as instituições policiais. O documento deve ser enviado ao secretário estadual de Defesa Social, Rômulo Ferraz.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (18/09), representantes do Executivo e da OAB/JF endossaram a representação e também a assinaram, ampliando a repercussão da solicitação.
No encontro, foram discutidos a implantação do Plano Municipal de Enfrentamento da Violência e a criação do Laboratório de Estudos da Violência em Juiz de Fora, com a ampliação das discussões para a definição das metas para efetivar as duas alternativas. Um calendário de atividades foi elaborado e um Seminário interno agendado para o início de Outubro. As iniciativas são fruto dos debates ocorridos em março durante o Seminário Sobre a Violência Urbana em Juiz de Fora.
O presidente da OAB-JF, Denilson Clozato, enfatizou o compromisso da Ordem em abrigar os debates sobre o enfrentamento da violência e defendeu que as autoridades juiz-foranas cobrem, cada vez mais, do Estado de Minas Gerais, ações concretas para coibir a criminalidade violenta e para diminuir os números de assassinatos, de assaltos e de roubos em Juiz de Fora, que assustam a comunidade. Denilson argumentou para a importância de que seja ampliado o efetivo tanto da Polícia Civil quanto da polícia Militar na cidade.
O secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa, afirmou que um choque de cidadania será efetuado na Vila Olavo Costa, através de um projeto piloto que será implantado, e que esta iniciativa pode se tornar um modelo para a administração municipal dar respostas concretas à sociedade que vem pressionando as autoridades públicas para barrar o crescimento da criminalidade em Juiz de Fora. Ainda segundo Figueirôa, é preciso fazer gestões para acelerar as sete linhas de ação que estão sendo desenvolvidas pela PJF e a PMMG no Plano de Ação Integrada. Figueirôa também ressaltou que o prefeito Bruno Siqueira, atento ao que acontece na cidade em relação à violência urbana, determinou ao secretariado a agilização de medidas para enfrentar a situação.
Já a Secretária, Elizabeth Jucá, afirmou que é preciso uma integração efetiva das ações entre todos os setores envolvidos no combate à criminalidade violenta. E o vereador Jucélio Maria enfatizou que é preciso ser pragmático nessas ações de combate ao crime e que é hora de se definir as metas para assegurar a diminuição da violência na cidade.
Na opinião do pró-reitor de Extensão da UFJF, Marcelo Dulci, é fundamental que a Câmara Municipal, que sugeriu e organizou o Seminário Sobre a Violência Urbana em Juiz de Fora, amplie sua articulação junto a todos os setores que participaram daquele momento histórico na cidade e ajude efetivamente a formular as propostas de implantação do Plano de Enfrentamento da Violência, não só através da Comissão de Segurança Pública da Câmara, mas envolvendo a participação concreta da presidência e dos demais 18 vereadores.
Segundo os majores da PMMG, Ulisses e Garrido, a polícia Militar está atenta aos números da violência na cidade, tanto dos assassinatos quanto dos assaltos e roubos, e a Secretaria de estado de Defesa Social de Minas Gerais, desde abril, vem fazendo um estudo da metodologia e um diagnóstico sobre o aumento da violência não só em Juiz de Fora, mas na região.