Após receber denúncias de moradores do bairro Poço Rico pelas redes sociais, o vereador Noraldino Junior (PSC), presidente da Comissão Antidrogas da Câmara Municipal de Juiz de Fora, foi até a Rua Mariana Evangelista ver de perto como é a situação de algumas casas abandonadas da via, que estão sendo utilizadas por usuários de drogas, principalmente de crack. Cerca de 30 imóveis abandonados formam um contraste com o restante da rua, que até dois anos atrás era um local tranquilo.
No interior do que resta das construções são encontrados colchonetes, cobertores, cachimbos utilizados por usuários de crack, preservativos usados, restos de comida e roupas. “A população vive diariamente em plena sensação de insegurança, muitas vezes sendo intimidada pelos indivíduos que estão vivendo nesses imóveis”, conta o vereador.
Os moradores da rua relataram que o local é movimentado o dia todo, com pessoas entrando e saindo das casas, e que o fluxo torna-se bem maior à noite. “Percebemos que vem gente aqui para comprar, usar drogas e se prostituir”, explica uma moradora que não quis ter o nome divulgado.
Outras pessoas relataram que apesar de terem garagem, têm que parar o carro em estacionamentos próximos, por medo de assalto ao chegarem em casa. Uma senhora disse que procura não sair de casa depois que anoitece. “Quando eles estão sob o efeito da droga nunca sabemos qual será a reação ou o que eles podem querer fazer conosco”, desabafou.
Os imóveis são de propriedade da Sociedade São Vicente de Paulo - Conselho Metropolitano de Juiz de Fora. Já notificados, a advogada do Conselho Central Diocesano, Natália Cristina Dias, informou que a entidade já encaminhou à Prefeitura o pedido de alvará de demolição, mas que a sociedade não tem recursos para realizar a ação.
Noraldino Junior vai encaminhar à Prefeitura um Requerimento solicitando a liberação do alvará e a demolição imediata dos imóveis. Além disso, o parlamentar também vai encaminhar um pedido à Secretaria de Assistência Social solicitando um levantamento dos ocupantes das casas, para que sejam incluídos em tratamentos de reabilitação e ressocialização. “Precisamos de providências urgentes, pois a população não pode mais esperar e continuar vivendo insegura, com medo de sair de casa”, destacou o vereador.
O inspetor da Delegacia Antidrogas da Polícia Civil, Rogério Marinho, presente no local, disse que são recorrentes as denúncias dos moradores e o pedido de viaturas. Segundo ele, muitos dos indivíduos que frequentam as casas já têm passagem pela polícia. O 1° Tenente da Polícia Militar, Ruanlemberg Ferreira Marques disse que este é um grave problema social, e ressaltou a importância do investimento da cidade em projetos sociais.
