Publicada em: 18/03/2013 - 86 visualizações

Seminário termina e Câmara continuará combate à violência

Seminário termina e Câmara continuará combate à violência (18/03/2013 00:00:00)
  •      Encerrando o segundo dia de discussão do “Seminário Violência Urbana em Juiz de Fora: O que deve ser feito?” aconteceu a segunda mesa de discussão com o tema: Como prevenir e combater a violência. O debate foi mediado pelo...
 
     Encerrando o segundo dia de discussão do “Seminário Violência Urbana em Juiz de Fora: O que deve ser feito?” aconteceu a segunda mesa de discussão com o tema: Como prevenir e combater a violência. O debate foi mediado pelo vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT), Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara.
     Ao abrir os questionamentos Betão falou sobre o capitalismo. “O estopim da violência urbana está ligada à desigualdade social. A droga potencializa e lubrifica a engrenagem do capital especulativo restando a repressão via polícias”. O vereador ainda falou da falta de efetivo da polícia civil em Juiz de Fora, o que foi reforçado pelo Delegado Regional de Policia Civil de Juiz de Fora, Paulo Virtuoso. “Mesmo com o número de policias aquém realizamos um bom serviço que pode ser percebido pelas apreensões realizadas”.
     O representante da 4ª região da PM, Tenente Coronel Moisés Ricardo Pinto, falou da missão da polícia militar de levar proteção à comunidade e destacou que a prevenção é o principal foco de trabalho.
     O comandante da Polícia Rodoviária Federal, Marco Antônio Furtado explicou sobre a rotina do patrulhamento das rodovias e estradas federais. Ele destacou que a entidade é civil, diferente dos militares.
     O Tenente Coronel Almir Cassiano de Almeida, chefe da Guarda Municipal, afirmou que o departamento conta com 122 servidores de segurança pública e completa cinco anos em novembro. Ele explicou sobre a atuação nos postos municipais. “Zelamos pelo patrimônio público e não somos uma polícia metropolitana. Cooperamos com a segurança e almejamos capacitação profissional”.
     O secretário de educação, Weverton Vilas Boas de Castro, apresentou dados de um relatório sobre a realidade das 101 escolas municipais de Juiz de Fora. De acordo com o representante da pasta, os dados são alarmantes. Foram registrados 673 casos de violência nas instituições. Todas envolvendo alunos do 1º ao 9º ano. Desses, 147 relacionados ao uso de drogas, 361 a agressões físicas, 37 a bullying, 37 a denúncias de abuso sexual, 25 a porte de arma e 26 a depredação do patrimônio.
     O secretário de saúde, José Laerte Barbosa, fez um paralelo entre violência e saúde falando sobre os maiores transtornos no sistema de urgência, como prontos socorros lotados, ausência de atendimento, dificuldades de internação e recusa de atendimento. “O combate à violência requer a participação efetiva de toda a sociedade. Há necessidade da elaboração de um mapa de violência para estudos”, destacou.
     Para o secretário de assistência social, Flávio Cheker, a falta de respeito às diferenças é um dos principais motivos para a banalização da violência. “Não temos raízes, falta afeto. O consumismo está acima das relações. Para uma sociedade e um padrão de convívio é fundamental resgatar alguns valores”.
     Os dois dias de discussão do seminário resultarão na criação de laboratórios de estudo da violência. O objetivo é manter um grupo de discussão formado por articuladores e sociedade civil para contribuir com o combate à violência com iniciativas concretas.
     O seminário sobre “Violência Urbana em Juiz de Fora foi promovido pela Câmara Municipal em parceria com a OAB – Subseção Juiz de Fora, Prefeitura, UFJF e Instituto Vianna Júnior.
 


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