Projeto que difunde cidadania é levado a escola do Retiro O projeto Diversidade, Somos Todos Diferentes foi levado nesta sexta-feira (04/03) à Escola Municipal Olinda de Paula Magalhães, do Retiro. Profissionais do Centro de Atenção ao Cidadão (CAC) do Legislativo fizeram exposições e promoveram dinâmicas com alunos do 6º ano, mostrando que “as pessoas não podem ser julgadas por suas características físicas” e a importância “de ver no outro uma pessoa como você”.
Assessorado por Maria Célia Rezende Rivera, o educador Fludualdo Talis de Paula abordou técnicas de auxílio a uma pessoa com deficiência visual, esclarecendo que desde que haja condições necessárias, pode fazer o mesmo das demais. Com os olhos vendados, Sara July Miranda e João Pedro tentaram, mas não conseguiram enfiar uma linha na agulha. Cego desde os 11 anos, o educador conseguiu fazê-lo usando a borda da agulha como apoio.
Tiago Barbosa aprendeu a ajudar um deficiente visual a atravessar a rua e descobriu que basta oferecer o braço para que a pessoa o use para se guiar e inclusive perceber obstáculos. Da mesma forma, Lavínia Souza já sabe como agir com alguém a espera de ônibus e Luiz Fernando de Oliveira a como fazer para guiar uma pessoa num corredor estreito. Outra situação foi vivenciada por Gabriela Macedo, que soube como deve proceder para ajudar um cego a se sentar.
O preconceito foi abordado pelo sociólogo Sérgio Dutra, que falou sobre a chegada do negro ao país na condição de escravo, a sua contribuição nos vários setores e, apesar disso, como ainda é tratado de forma depreciativa.
O sociólogo citou a influência na ortografia, na literatura, na música, porém alertou para o tratamento negativo por meio de apelidos (negrinho, pretinho, maçado), por exemplo.
As crianças foram informadas de que até mesmo a ciência deixa clara a existência de uma única raça humana, com características diferentes em função da etnia. Ele se referiu ainda a iniciativas do governo federal para tratar a discriminação como crime.
O projeto Diversidade, Somos Todos Diferentes é desenvolvido pela Câmara, desde 2005, junto a escolas, empresas e instituições hospitalares. Além da abordagem em torno das deficiências e questões raciais, este ano o trabalho abrangerá dificuldades enfrentadas pelos idosos. |