Cheker cobra à PJF galpão para catador de material reciclável

       A construção de um galpão para triagem de materiais recicláveis recolhidos pelos catadores é cobrado pelos trabalhadores à Prefeitura. A reivindicação foi consolidada em reunião hoje (04/03), no plenário da Câmara Municipal, coordenada pelo vereador Flávio Cheker (PT). O projeto de construção foi encaminhado pela Administração Municipal para Brasília, mas o governo Federal solicitou adaptações. Os catadores necessitam do espaço e querem a aceleração do processo, lembrando que o Banco do Brasil já disponibilizou R$ 200 mil para a obra. Além das queixas sobre a demora, há o temor de perda dos recursos em função de prazos.
        Cheker atuará como interlocutor desse pedido junto ao Poder Público assim como da solicitação de conserto da prensa do Centro de Triagem, quebrada há dois meses. O vereador solicitará as presenças das secretárias de Atividades Urbanas, Sueli Reis, de Assistência Social, Silvana Barbosa, e do diretor do Demlurb, Aristóteles Faria, na próxima reunião marcada para 8 de abril, quinta-feira.
        A qualidade de vida de catadores de materiais recicláveis virou tema de um trabalho de professores da UFJF que conseguiram a sua aprovação junto ao CNPQ. Maria Cristina Pinto de Jesus e Sueli Maria dos Reis Santos, da Faculdade de Enfermagem, vão desenvolver junto com José Gustavo Francis Abdalla, da Faculdade de Arquitetura, uma pesquisa-ação que incentivará a realização de exames preventivos, a manutenção de um calendário de vacinação atualizado e a busca pelos serviços de saúde, entre outros direitos.
        A ideia partiu do coordenador da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFJF (Intecoop), Petrônio Barros Ribeiro de Jesus. Durante dois anos, serão verificadas as condições de saúde dos catadores de papel levando em conta: falta de local para separação do material, exposição ao sol e à chuva, poluição das ruas, risco de contaminação de doenças, o não uso de equipamentos de proteção e preconceito. Estão previstas oficinas educativas e identificação da necessidade de encaminhamento a profissionais da saúde, por exemplo.
        Com um orçamento de R$ 100 mil serão adquiridos equipamentos e materiais e selecionados 50 acadêmicos com Bolsa de Apoio Estudantil para desenvolvimento das atividades. Após a exposição do projeto pelos pesquisadores, os catadores foram convidados a agendar entrevista. Alguns alertaram sobre a necessidade de tratamento específico para a categoria, para os coletores e os moradores de rua.

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