A substituição das tampas de bueiros de ferro fundido e concreto por material ecológico pode ter grande repercussão positiva. A medida, proposta em projeto de lei do vereador Antônio Aguiar (PMDB), combate os roubos das tampas e incentiva as empresas e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. A ideia é fazer a substituição de forma gradativa. A troca se dará quando o material em uso estiver em más condições ou em caso de furto. Os juizforanos ainda serão beneficiados com o fim dos acidentes, que ocorrem com pedestres e motoristas. O dispositivo foi apresentado em 5 de fevereiro e tramita pelas Comissões Técnicas da Câmara.

Antônio Aguiar acredita na aprovação da matéria pela Câmara e sua sanção pelo Executivo em função dos benefícios. Ao contrário do ferro, o plástico não tem grande valor de revenda no mercado, portanto não atrairá furtos. Além disso, trará economia para o município em função de ser um material de baixo custo. Ao mesmo tempo, o trabalho dos agentes do meio ambiente, responsáveis pelo recolhimento de materiais recicláveis, será incrementado. Antônio Aguiar ressalta a participação desses trabalhadores no processo.

A experiência já está sendo desenvolvida com sucesso em vários municípios como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e Novo Hamburgo. O vereador foi informado do furto mensal de 300 grelhas no Rio de Janeiro, com perda de R$720 mil, o que contribuiu para que a Prefeitura, que tem a sustentabilidade como meta, adotasse a substituição. A decisão representou uma economia anual de R$ 1 milhão em São Paulo.

Estudos mostram que a resistência mecânica da tampa de bueiro ecológica é a mesma da de ferro, ou seja, até 30 toneladas e tem o peso 60% menor, exigindo menos esforço de manuseio por parte do trabalhador.

O projeto especifica que durante a implantação ou substituição de tampas ou grelhas de bueiros, bocas de lobo diretamente pelo município, autarquias, fundações, empresas públicas, assim como por terceirizados será priorizado o uso de agregados de plástico reciclável. Ainda prevê preferência na utilização de material proveniente de empresas ou cooperativas de reciclagem, cadastradas na Prefeitura. Para que isso ocorra, as recomendações devem ser expressas no edital de licitação ou contrato. Quando se tornar inviável a utilização de grelhas ecológicas, uma justificativa técnica deve ser apresentada.