Publicada em: 04/02/2013 - 273 visualizações

Vereadores acompanham visitas aos hospitais João Felício, Ana Nery e Ascomcer

Vereadores acompanham visitas aos hospitais João Felício, Ana Nery e Ascomcer (04/02/2013 00:00:00)
  • Os vereadores Antônio Aguiar (PMDB), José Mansueto Fiorilo (PDT) e Aparecido Reis Miguel Oliveira (PPS) acompanharam a visita aos hospitais João Felício, Asconcer e Ana Nery feita pela Comissão de Mediação Sanitária da Macrorregião...
 

Os vereadores Antônio Aguiar (PMDB), José Mansueto Fiorilo (PDT) e Aparecido Reis Miguel Oliveira (PPS) acompanharam a visita aos hospitais João Felício, Asconcer e Ana Nery feita pela Comissão de Mediação Sanitária da Macrorregião Sudeste de Minas. Os legisladores, integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, também foram convidados para uma reunião ampla, em 22 de fevereiro (sexta-feira), às 13h, no auditório da Acispes. Estarão presentes representantes de 11 municípios da região onde também estão sendo feitos levantamentos no sistema público de atendimento. A identificação de deficiências na estrutura das unidades hospitalares e correções necessárias estarão em pauta. A avaliação está sendo feita em toda Minas Gerais por entidades e órgãos vinculados à saúde e vai nortear um plano diretor para o estado.

A dificuldade de contratação de médicos em função da tabela irrisória de pagamento por serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi apontada pelos dirigentes do Hospital João Felício como um dos principais problemas. Carlos Marcelino, diretor Clínico, e Thales Ramos, diretor Técnico, informaram que a instituição está se preparando para atender alta complexidade também em traumatologia, mas tem enfrentado dificuldades para conseguir profissionais. “Os médicos não querem operar casos de alta complexidade pelo SUS. Tratam-se de cirurgias trabalhosas, com pós operatório longo e mal remunerado. Temos dificuldade de conseguir profissionais principalmente para atender na porta de hospital”, afirmou Thales Ramos. O diretor acredita que a alternativa está na definição de metas a serem cumpridas com incentivo financeiro por meio de complementação.

            Antônio Aguiar alertou que a má remuneração dos serviços médicos pela tabela do SUS produziu, nos últimos anos, um fenômeno nunca registrado antes: a carência de profissionais em especialidades como ortopedia, otorrinolaringologia e pediatria, o que tem comprometido o atendimento da urgência e emergência nos hospitais. Fiorilo, que é médico pediatra, concorda com a manifestação de Antônio Aguiar. Exemplificando, informa que o pagamento por atendimento a uma criança internada é de apenas R$ 14.

            Na Ascomcer, a comissão foi informada sobre a disponibilidade de 72 leitos, dos quais 63 destinados ao SUS, além de cinco vagas na UTI. No Hospital Ana Nery, 275 leitos são colocados à disposição. O diretor clínico e técnico D’artagnam Marliere esclareceu que a instituição não é voltada para atendimentos de maior complexidade, enquanto o diretor administrativo Jorge Montesi disse que os pacientes são trabalhados para a reabilitação. A maioria tem em torno de 60 anos. Mais de 20 são dependentes químicos e uma parte necessita de cuidados prolongados, entre eles pessoas com problemas neurológicos, cardíacos, respiratórios e musculares. Um dos investimentos previstos pelo hospital é a formação de cuidadores. Um curso será oferecido para familiares de pacientes e moradores de Grama e Granjas Bethânia. O vereador Cido, que acompanhou a visita ao Ana Nery, aguarda o parecer da promotoria, para apresentar sugestões de melhorias.

 Em Juiz de Fora também foram visitados a Casa de Saúde Aragão Villar, a Clínica Psiquiátrica São Domingos, o HTO, O Instituto Oncológico e o Hospital Universitário da UFJF. Das últimas visitas realizadas sexta-feira (1º/02) participaram, além dos vereadores, o coordenador da Comissão de Mediação Sanitária da Macrorregião, promotor Rodrigo Ferreira de Barros; a promotora de Defesa da Saúde de Juiz de Fora, Carolina Andrade Borges; a responsável pela Central de Vagas, Graça Carrão; o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Gilson Lopes Soares; o secretário do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos; o representante do Conselho Regional de Medicina, José Nalon de Queiroz; o da Superintendência Regional de Saúde, Aloísio Gomes Nogueira; o da Vigilância Sanitária Municipal, Wladimir Delgado, e a chefe do Departamento de Saúde Mental da Prefeitura, Andréia Stenner, entre outros.

 


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