Publicada em: 31/01/2013 - 104 visualizações
Com o tema “Memórias e representações sociais de práticas religiosas de matriz africana”, a servidora do Centro de Atenção ao Cidadão da Câmara Municipal Gilmara Mariosa apresentou aos estudantes do curso de História da Universidade Federal de Juiz de Fora palestra que integra o Projeto Diversidade Somos Todos Diferentes, desenvolvido pelo Legislativo. O encontro aconteceu na quarta-feira (30/01), no Núcleo de Estudos de História Oral (NEHO), na sede na instituição.
A pesquisa da servidora constatou que a falta de valorização da cultura negra é resultado do esquecimento. De acordo com Gilmara os estudos voltados para a população negra geralmente ficam atrelados a escravidão. A dificuldade em encontrar índices sobre a história da negritude após o período da abolição em Juiz de Fora é praticamente nula. Quando a cidade foi fundada a parcela de negros era de cerca de 60%.
Para verificar como as pessoas percebem as religiões africanas, Gilmara entrevistou moradores do bairro Dom Bosco. As entrevistas apontaram que no local poderia ter existido um quilombo urbano. Foram indagadas questões sobre religiões como umbanda e candomblé. A percepção do esquecimento dos verdadeiros fundadores dos cultos na cidade foi confirmada.
“O déficit nos aspectos religiosos das matrizes africanas deve-se à falta de conhecimento. A carga negativa por muitas vezes é atrelada a religião. A memória do negro deve ser resgatada e a intolerância religiosa extinta”, enfatizou a servidora da Câmara.
O doutorando em História, Vitor Figueiredo, aprovou o projeto da Câmara. “Com este encontro percebemos a aproximação do Legislativo com a UFJF. Apoio a iniciativa que deve ser ampliada. Com o debate promovido pela servidora percebemos como ainda é necessário romper as barreiras do preconceito e da falta de informação”.
O Projeto Diversidade Somos Todos Diferentes teve início em outubro de 2005 e tem como principal objetivo suscitar a reflexão e o debate sobre inclusão social, com informações sobre os tipos de deficiência, a situação dos idosos e negros na sociedade, reforçando a importância da educação para a inclusão através do trabalho.
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