Atendendo ao requerimento nº 0370/12 a audiência pública da tarde desta quarta-feira (11/07) discutiu a viabilidade de instalação de ciclovias na cidade, a edição de um Plano Diretor Cicloviário Integrado, bem como a implantação de políticas públicas que incentivem esta modalidade de transporte e de esporte.

Com grande representatividade de ciclistas que fizeram o uso da palavra no encontro, foram ressaltadas a importância de incluir a bicicleta como transporte alternativo, visando a sustentabilidade.

“Somos ignorados no trânsito. Disputamos espaço entre os carros. Não há incentivo a esta prática que auxilia na mobilidade urbana e na qualidade de vida”, enfatizou o jornalista João Paulo Almeida.

A ciclista Maria Elisa Duarte cobrou com a inauguração das obras na Avenida Rio Branco, um espaço destinado a ciclovias. “Perdemos a oportunidade”.

Fazendo coro aos ciclistas e defendendo os cadeirantes, Wellington Souza lembrou a falta de cumprimento do estabelecido pelo Código de Posturas. “A camada de asfalto é mais alta que o nível da calçada, formando valetas entre as vias e o meio fio, o que ocasiona  acidentes. As rampas nos projetam para as ruas”, contou.

A necessidade de áreas de lazer e o fechamento da pista central da Avenida Rio Branco nos domingos foram apontados como alternativas para os que utilizam a bicicleta como diversão e atividade física.

Para o secretário municipal de esporte e lazer, Renato Miranda são fundamentais discussões técnicas para a implantação. “Existe em Juiz de Fora cerca de 18 mil bicicletas. Supondo que sejam implantados 10 quilômetros de ciclovias na Avenida Brasil, o custo seria de cerca de R$ 2 milhões”.

O professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora, Ugo Castañon, apresentou um estudo realizado com ciclistas da cidade em diferentes faixas etárias. De acordo com a pesquisa os fatores dificultadores apontados pelos próprios ciclistas são clima, topografia, distância, falta de estacionamento, segurança e infraestrutura.

De acordo com o subsecretário de mobilidade urbana, Carlos Eduardo Meurer, a distribuição dos deslocamentos são indicados pelo Plano Diretor de Transporte de 1996 que já apontava a necessidade de ciclovias na Zona Norte e Cidade Alta. “Existe sobrecarga na Avenida Rio Branco com transporte coletivo e pedestres nas calçadas. Como implantar ciclovia? Iríamos inundar a área central sem oferecer segurança”.

O subsecretário anunciou a implantação de 8,5 KM de ciclovia da Avenida Francisco Bernardino até o Distrito Industrial. “A prefeitura está viabilizando verbas para atender os requisitos básicos de segurança para estes trabalhadores que utilizam a bicicleta”.