Publicada em: 01/01/2009 - 142 visualizações

Câmara elege nova Mesa Diretora

Câmara elege nova Mesa Diretora (01/01/2009 00:00:00)
 

Câmara elege nova Mesa Diretora

       Bruno Siqueira (PMDB-presidente), Pastor Carlos (PRB-1º vice-presidente), João Evangelista de Almeida (João do Joaninho – DEM-2º vice-presidente), José Laerte (PSDB-1º secretário), Francisco de Assis Evangelista (Chico Evangelista – PP – 2º Secretário). Esta é Mesa Diretora da Câmara Municipal para o biênio 2009-2010, eleita tão logo os vereadores tomaram posse, no Cine Theatro Central. Uma vez aberto o processo eleitoral foi apresentada chapa única, eleita por 16 votos a favor e três contra.
       
        O novo presidente anuncia um trabalho por uma Câmara mais próxima da cidade, atendendo aos seus anseios. “Assumo a presidência desta Câmara Municipal com a plena consciência de minha responsabilidade,” disse. (Veja abaixo o discurso na íntegra).
       
        O compromisso com o bem público foi assumido por todos os integrantes da Mesa e enfatizado por José Alerte. “Vamos dar encaminhamento ao trabalho de resgate da Câmara como uma grande instituição,” afirmou Pastor Carlos. Chico Evangelista assegura o desenvolvimento de um trabalho voltado para Juiz de Fora. E João do Joaninho, ações sérias e reestruturação do que for necessário na Casa”.
       
        A bancada do PT, integrada pelos vereadores Flávio Cheker, Roberto Cupolillo e Wanderson Castelar, votou contra a chapa. Castelar esclareceu, entretanto, que toda vez que a Mesa Diretora da Casa afirmar e reafirmar sua autonomia, em particular ao Executivo, terá o apoio do Partido dos Trabalhadores.
       
       
       Discurso do presidente Bruno Siqueira
       
       Senhor prefeito eleito
       Custódio Mattos,
       Senhora vereadora,
       Senhores Vereadores,
       Senhoras e senhores,
       
        O primeiro compromisso de um homem público é com a verdade.
       
        Este é um momento que pertence ao povo, muito mais do que aos que nos encontramos aqui reunidos.
       
        No agradecimento aos que me reelegeram vereador e me escolheram, hoje, presidente desta Casa, se encontra a reafirmação de um compromisso, o compromisso de zelar com todas as minhas forças pelo patrimônio público. Mas zelar pelo patrimônio público não significa o imobilismo. Vou empenhar-me para que Juiz de Fora continue sendo modelo de coragem na construção do desenvolvimento. Esta cidade sempre se entregou ao esforço criador, não obstante ter sido eventualmente governada por administradores acanhados ou menos diligentes.
       
        Somos aqui, desde os primeiros tempos, uma gente adiante de seu tempo na cultura, no trabalho, no exercício da cidadania. O pioneirismo é a nossa marca. O pioneirismo na abertura de estradas, na indústria manufatureira, na educação, na cultura, na inovação tecnológica. Oito anos depois de inaugurada a primeira usina hidrelétrica nos Estados Unidos, colocávamos em funcionamento a primeira turbina geradora de energia elétrica na América Latina, em Marmelos. Da mesma forma em que nos empenhávamos no desenvolvimento industrial, que criava riquezas e empregos, dedicávamo-nos aos valores do espírito. Estivemos na vanguarda do jornalismo, das indagações filosóficas, da poesia e da ficção. Nunca tivemos preconceitos de natureza ideológica e estética: cultuamos, com a mesma devoção intelectual, o parnasiano Belmiro Braga e o modernista Murilo Mendes; o romancista Gilberto de Alencar e o memorialista Pedro Nava.
       
        Quando falamos em moralidade pública e compromisso com o povo desta cidade, de Minas e do Brasil, devemos olhar, com orgulho, um homem, Itamar Franco, que, na Prefeitura desta cidade, no Senado da República, na Vice-Presidência, na chefia do Estado Nacional e no governo de Minas deixou a marca da honradez, o compromisso da moralidade, o intransigente patriotismo. A pátria, para Itamar, não está em suas dimensões físicas, mas na dignidade de seu povo. Ao homenageá-lo neste momento, creio estar homenageando o povo de Juiz de Fora, em todas as suas gerações passadas e nas promessas de seu futuro.
       
       Senhoras e senhores,
       
        Assumo a Presidência desta Câmara Municipal com a plena consciência de minha responsabilidade. Não temam pela minha juventude. Os anos já vividos a serviço de novo povo me conferiram suficiente maturidade para corresponder ao mandato recebido. Somos, os mineiros, cautelosos e prudentes, como nos aconselhava Milton Campos, mas ousados e intrépidos, quando a nação nos exigia decisões, conforme o exemplo de Juscelino e de Tancredo Neves.
       
        Na presidência desta Casa procurarei assegurar ao prefeito Custódio Mattos o apoio político e legislativo necessário ao desenvolvimento de Juiz de Fora, sem deixar de estar atento aos atos do poder Executivo. Sabemos que os próximos meses e, provavelmente, os próximos anos serão difíceis em conseqüência de uma crise no centro do sistema capitalista. O desmoronamento da ordem financeira neoliberal deve nos trazer importantes advertências. Uma delas é a de que o poder público, constituído pela vontade livre dos cidadãos, não pode deixar de vigiar um só instantes, a fim de que as operações mercantis não se transformem em assalto à boa fé das pessoas que trabalham, seja como empreendedoras ou empregadas.
       
       O Estado, em suas três esferas, não pode descuidar um só momento a fim de que as leis sejam obedecidas. As atividades privadas estão sujeitas ao ordenamento jurídico e devem ser coibidas quando violem as regras do jogo democrático.
       
       Temos tido, tanto no governo federal, como no governo do Estado, um bom momento brasileiro. Conseguimos, graças ao trabalho dos governadores Itamar Franco e Aécio Neves recuperar o prestígio político e econômico de Minas. Trabalharemos, unidos, para recuperar o prestígio político e econômico de Juiz de Fora.
       
       Creio que é chegado o momento em que todos os mineiros se empenhem para que Minas retorne ao comando da vida nacional. Já demonstramos, ao longo da História, que os mineiros sabem cuidar bem da República, e que não são movidos pela presunção de superioridade. Duas são as idéias fortes na consciência política de Minas: a federação e a unidade nacional. A unidade pressupõe igualdade de direitos entre todos os estados, e a igualdade de direitos é o pressuposto nuclear do pacto federativo .Dizia Tancredo que sem federação não há república e sem república não há democracia. Democracia e República são vocábulos sinônimos.
       
       Meus nobres companheiros da Câmara Municipal,
       
       o Parlamento é o povo legislando. Seja no âmbito do Município, do Estado e da União, compete aos parlamentares, dentro dos limites impostos pela Constituição, a tarefa de criar as leis, zelar pelo seu cumprimento e fiscalizar os atos do poder Executivo. Por isso mesmo, o grande pensador John Locke afirmava que o poder Legislativo não pode delegar a outros poderes a sua responsabilidade de estabelecer as leis. E James Madison, um dos fundadores dos Estados Unidos, dizia, em um dos artigos de The Federalist que no sistema republicano o poder Legislativo naturalmente prevalece sobre os outros. Grave é a nossa responsabilidade e me comprometo como presidente desta Casa em zelar pela sua respeitabilidade e pelo respeito às suas prerrogativas.
       
        Temos uma grande oportunidade. Iniciamos, nesta Casa e na Prefeitura, um mandato em que o chefe do poder Executivo e a maioria desta Casa têm o mesmo programa político, o mesmo compromisso com o nosso povo.
       
       Senhor prefeito eleito,
       Custódio Mattos,
       Senhora vereadora,
       Senhores vereadores,
       Que Deus nos abençoe.
       
       Muito obrigado!

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