Daniela Arbex recebe título de Cidadania Benemérita Denúncias de corrupção e violência e defesa dos direitos humanos permearam a carreira da jornalista Daniela Arbex, que recebe título de Cidadania Benemérita de Juiz de Fora em solenidade nesta quinta-feira (30/06), às 19h30, no plenário da Câmara. Trata-se de uma iniciativa do vereador José Sóter de Figueirôa (PMDB) também em reconhecimento ao trabalho voluntário que realiza junto ao Lar do Caminho.
A homenageada é formada em Comunicação Social pela UFJF e pós-graduada em Comunicação e Cultura pela UFJF em parceria com a UFRJ. Durante anos, vem se dedicando ao jornalismo investigativo, obtendo reconhecimento de entidades e órgãos nacionais e internacionais.
Entre os prêmios que recebeu estão o Knight Internacional Journalism Award 2010, o Esso de Jornalismo, a Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, além do diploma Jornalista Amiga da Criança pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) de Brasília e pela Unicef. Ela é membro da Rede Andi no Brasil e na América Latina e da Rede de Investigação de Jornalistas da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano.
Daniela Arbex enfrentou durante uma semana a fila de atendimento do Sistema Único de Saúde para retratar o descaso com a população. Fez uma reportagem especial com os índios Maxacalis, integrantes da última tribo, em território mineiro, que não falava português.
A jornalista descobriu que traficantes estavam matriculando crianças para vender drogas dentro das escolas públicas, o que a levou a produzir a série de matérias denominada “Droga no Caminho da Escola”. O resultado levou a Secretaria Municipal de Educação a incluir drogas na grade curricular dos estabelecimentos de ensino.
Ela tornou público um esquema de corrupção no maior hospital filantrópico da região, a Santa Casa de Misericórdia, denunciou casos de tortura em presídios, conseguiu livrar da cadeira um homem acusado injustamente de estuprar a filha de 1 ano e 7 meses que, na verdade, tinha um tumor na área genital e resgatou a memória de um desaparecido durante o regime militar. Em 2008, Daniela Arbex denunciou um político que lesava a cidade por meio de uma empresa de construção mantida por laranjas. |