Vereadores questionam secretária de Saúde A secretária de Saúde Maria Ruth dos Santos esteve esta sexta-feira (28/05) no plenário do Legislativo respondendo a uma convocação dos vereadores. A iniciativa que deu origem a convocação foi um requerimento de autoria do vereador José Laerte (PSDB), subscrito por vários vereadores. A secretária iniciou os trabalhos da reunião, conduzida pelo presidente Bruno Siqueira (PMDB), fazendo uma explanação sobre os temas questionados no requerimento. Em seguida, os vereadores fizeram perguntas sobre suas dúvidas.
O vereador Julio Gasparette (PMDB) disse que acredita estar faltando administração na saúde de Juiz de Fora. Dr. Luiz Carlos (PTC) lamentou não haver registro de cirurgiões-dentistas na explanação da secretária nas unidades de atenção primária. E registrou que para uma saúde adequada é preciso cirurgião-dentista. A secretária disse que não mencionou saúde bucal porque não estava na pauta. Dr. Luiz Carlos disse que está preocupado com a situação do Hospital Dr. Mozart Geraldo Teixeira (HPS). E declarou ter achado as adequações que serão feitas, segundo explicitado por Maria Ruth, mínimas. “O HPS hoje é um caos. Essa explanação me deixou muito preocupado”, contou. Já Noraldino Jr. (PSC) perguntou qual a estimativa para conclusão das obras do HPS. O subsecretário de Urgência e Emergência, Cláudio Reiff, admitiu que o HPS tem problemas. “Estamos passando por dificuldades com médicos nas urgência e emergência por questões salariais. Mas estas distorções serão corrigidas”, disse.
O vereador Isauro Calais (PMN) sugeriu que a secretária fizesse uma explanação sobre os projetos da saúde para os conselheiros municipais. “Gostaria de obter uma explicação sobre a contratação de 76 recepcionistas pela prefeitura. Qual o salário? Contratam-se recepcionistas, por que não contratar enfermeiras e médicos? A apresentação feita pela secretária foi para a cidade nova e eu vivo numa cidade velha”, desabafou. José Sóter de Figueirôa (PMDB) afirmou que os problemas de saúde são estruturais e não conjunturais. E questionou quando vai ser ampliada a estratégia saúde da família. “Quando vão ser ampliados os núcleos de apoio de saúde da família? Quando vai se dar a migração dos agentes de saúde e dos médicos de família para a secretaria de Saúde?”, quis saber.
O vereador José Tarcísio (PTC) disse que o caos apenas será resolvido com ampliação de UBSs e seus horários. “Se não melhorarem as condições, os médicos pedirão demissão em massa pela falta de condições de trabalho. Enquanto não melhorar o salário, fica difícil”, falou. O vereador José Laerte descreveu questões como a dificuldade de custeio do sistema e a tabela que é ruim. Para ele, os repasses são insuficientes. Ele mencionou um programa em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora, o Viva Vida, que representaria economia para o município no Instituto de Saúde da Mulher. O vereador diz que poderiam ser viabilizadas estruturas em parceira que representariam economia. O mesmo é o que acontece com a central de regulação que é estadual, mas é macrorregional. “Ao ser estabelecida uma parceria com a Secretaria Estadual são economizados médicos”, disse. Maria Ruth afirmou que as parcerias são importantes, mas não dispensam estruturas como o Instituto de Saúde da Mulher. Diante de reivindicação da presença da secretária nas Câmaras Itinerantes, pela quantidade de reclamações sobre a sua pasta, Maria Ruth lamentou, por falta de tempo, não poder estar presente em todas as reuniões. Para José Laerte, população quer ouvir sobre a saúde diretamente da secretária ou subsecretários, pois aponta falta pontual de remédios, dificuldade de exames, entre tantas questões.
O vereador Flávio Cheker (PT) questionou quando vai ser aberto o Caps 24 horas. E ainda como será o funcionamento do Caps Casa Viva. E continuou “Qual a previsão do concurso para médico de família? Quando vai se dar a contratação de profissionais e a implantação do plano de carreira?”, relacionou. O vereador José Mansueto Fiorilo (PDT) quis saber se a cidade perdeu recursos porque não tem cumprido metas. Maria Ruth disse que, se saúde está perdendo recursos, gostaria de obter informações especificadas sobre eles. O vereador José Emanuel (PSC) declarou que é dito que os médicos não têm interesse de operar ninguém porque a tabela do SUS é baixa. E lamentou a metodologia teórica apresentada pela secretária na convocação. Maria Ruth disse que Juiz de Fora já tem um cirurgião de mão efetuando os procedimentos que estavam represados, agora no Hospital Universitário.
Noraldino questionou ainda sobre os resíduos de saúde de Juiz de Fora. “O Demlurb não teria funcionários qualificados para saberem qual tipo de resíduo existem lá”, disse, preocupado. A secretária contou que não há mais contrato como a empresa Despoluir. E que está sendo feito novo processo licitatório. O vereador Chico Evangelista (PP) afirmou ser importante dar continuidade aos trabalhos da Frente Parlamentar da Saúde.
A secretária não compareceu a última reunião, dia 26 passado. O vereador pediu que seja marcado novo encontro.
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