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Medalha Nelson Silva é entregue nesta sexta Nove personalidades e uma entidade serão agraciados pela Câmara Municipal de Juiz de Fora com a Medalha Nelson Silva - Edição 2008 - entregue nesta sexta-feira (28/11), às 19h30, no plenário Francisco Afonso Pinheiro.
A Medalha foi criada pela Resolução 1.120, de 29 de outubro de 1999, para premiar pessoas físicas e jurídicas que se notabilizaram na produção e difusão de manifestações culturais e sociais da raça negra nos âmbitos municipal, estadual e federal.
A escolha é feita pelo Conselho do Mérito formado por representantes da Câmara Municipal, do Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva, da Secretaria Municipal de Educação, da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), do Conselho Municipal de Valorização da População Negra de Juiz de Fora e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.
Um dos homenageados deste ano é Paulo Rogério de Souza, in memoriam. O ex-vereador foi um dos idealizadores da Medalha e incentivador de políticas de promoção da cidadania e combate a qualquer tipo de preconceito e discriminação.
Agraciados
Hegel Pontes – advogado, escritor e músico com obras em parceria com Nelson Silva, Flávio Carneiro, Geraldo Santana e Mamão, entre outros. Fundou o Núcleo Mineiro de Escritores (NUME), a Academia Juizforana de Letras, integra a União Brasileira de Trovas e foi membro da União dos Trovadores de Bar (UTB);
Hilda Amaro da Silva – integra o Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva, participou da Escola de Samba Feliz Lembrança da qual o marido, José da Silva, o Zico, foi presidente e diretor. Atenta a questões sociais, sempre participou dos grupos de senhoras da Igreja Nossa Senhora do Líbano, no Grajaú;
José Benedito da Silva – músico, parceiro de Nelson Silva, um dos responsáveis pelo surgimento da Escola de Samba Turunas do Riachuelo. Em 1970, ficou entre os quatro finalistas no Festival de MPB promovido pela Rádio Inconfidência de Belo Horizonte com a música “É no morro sim”;
José Luiz de Oliveira – músico, autor de peças teatrais, militante de movimentos em defesa da cultura negra, sociais e sindicais. Presidiu a SPM dos bairros São Benedito, Vila Alpina e adjacências e atuou como vice-presidente da Escola de Samba Castelo de Ouro. É membro do PCdoB, presidiu o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinperpu), dirigiu a CUT/Regional Zona da Mata-MG, foi vice-presidente da FETAM-MG/CUT e da CONFETAM-CUT, além de ter coordenado a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO-MG);
Nelson de Araújo Campos – músico, toca diversos instrumentos de percussão como tamborim, surdo e atabaque. Presidiu o Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva e integrou a Escola de Samba Feliz Lembrança;
Paulo César Mariano – psicólogo, presidiu o Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva. Foi, juntamente com o vereador Paulo Rogério dos Santos, já falecido, idealizador da Medalha que homenageia o compositor com seu nome. Pertenceu à Sociedade Beneficente Quilombo dos Palmares, ao Grupo de Estudos Afro-Brasileiro Acotirene (Geaba) e ao Centro Cultural de Estudos Afro-Brasileiro (Baoba). Entre os conselhos dos quais participou está o da Comunidade Negra. Atuou na Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social – Criança e Adolescente (Setas-Cad) – regional Zona da Mata, na Secretaria Municipal de Governo, na Emcasa e é o atual Secretário de Política Social;
Paulo Rogério dos Santos – post mortem – teve destaque no movimento sindical, na administração pública e como parlamentar. Suas ações contribuíram para o fortalecimento democrático, baseado no direito e na ética, voltados para a construção do bem comum. A promoção da cidadania foi concretizada através de leis como a que proíbe a discriminação da mulher no ambiente de trabalho, a que proíbe a discriminação em função de raça, cor e religião, a que instituiu a Medalha Nelson Silva e a lei que protege homossexuais contra qualquer manifestação de preconceito e violência;
Rosane Queiroga Eliotério – desde 2003, é diretora da Escola Municipal Quilombo dos Palmares. Seu trabalho ganha destaque devido a valorização da história e da cultura dos afrodescendentes junto aos alunos, o corpo docente, os funcionários e a comunidade. É formada pela Faculdade de Letras da UFJF - em português e italiano - e pós-graduada em Estudos Literários pela mesma instituição;
Sintufejuf – o sindicato representa os trabalhadores em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. A entidade, que comemora 45 anos em 2008, investe em políticas sociais. O Grupo de Trabalho (GT) Anti-Racismo, em funcionamento há sete anos, é idealizador do Fórum Regional de Entidades Negras e Parceiras. Participa do GT Anti-Racismo da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e dos Encontros Nacionais de Técnico-Administrativos em Educação Negros (as) e Militantes Anti-Racistas. Um dos trabalhos realizados pelo sindicato se dá junto à comunidade remanescente do quilombo “Colônia do Paiol”, em Bias Fortes, Minas Gerais;
Suely Gervásio Ferreira – o apoio aos movimentos sociais, comunitários e a retirada dos jovens das ruas são prioridades para Suely Gervásio. Ela foi presidente e vice-presidente da Sociedade Pró-Melhoramentos do Retiro, além de presidente da União Juizforana das Sociedades Pró-Melhoramentos, o que possibilitou a sua ajuda a vários bairros. Na Prefeitura, trabalhou junto ao Departamento de Diagnóstico na marcação de exames e chefiou o Departamento de Recursos Compartilhados da Secretaria Municipal de Política Social. Disposta a ampliar a participação das mulheres na política, se candidatou várias vezes a vereadora. Suely Gervásio é técnica em enfermagem.
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