Publicada em: 27/08/2008 - 171 visualizações

Comissão colhe primeiros depoimentos

Comissão colhe primeiros depoimentos (27/08/2008 00:00:00)
 

Comissão colhe primeiros depoimentos

       A Comissão Especial de Ética formada na Câmara Municipal para apurar denúncias contra o ex-presidente Vicente de Paula Oliveira (Vicentão-PTB) iniciou hoje (27/08) uma nova fase dos trabalhos com os primeiros depoimentos. As oitivas prosseguem sexta-feira (29/08), a partir das 8h, quando serão ouvidos: Flávio Terra Hauck, apontado como sócio-gerente da Koji; José Mateus Filipino Sobrinho – foi funcionário da Câmara e ex-sócio da empresa; Vicente de Paula Oliveira Júnior – filho de Vicentão – e Valéria Vasconcelos Vieira de Avelar, outros dois ex-sócios da firma.
       
        O presidente da Câmara, Francisco Canalli (PMDB), foi o primeiro a se pronunciar. Ele confirmou ter encontrado um recibo de pagamento feito pela Koji Empreendimentos a um pintor no micro instalado na sala anexa à presidência e sobre a inexistência de documentos autorizando a saída de outros dois computadores da Casa. Segundo o presidente, essas duas máquinas foram devolvidas por assessores de Vicente de Paula Oliveira (Vicentão-PTB) em 4 de julho, véspera da denúncia feita contra o ex-presidente pelo jornal Tribuna de Minas.
       
        O segundo depoimento foi de Juliana Moreira que assegurou a inexistência de vínculo entre Vicentão e a Koji. Ela relatou que trabalhava na empresa das 8h às 12h e na Câmara a partir das 13h. Admitiu ainda que adiantava serviços da Koji, usando um micro do Legislativo, no horário do lanche.
       
        A justificativa que apresentou para um telefone em nome do vereador estar em uso pela Koji foi baseada no fato de seu filho, Vicente de Paula Oliveira Júnior, ter sido um dos sócios. A manutenção da linha aconteceu, segundo ela, por esquecimento.
       
        A chefe de gabinete no período em que Vicentão esteve na presidência, Maria da Conceição Ribeiro, a Mary, esclareceu que a assistente social Taís Vargas atuou no Centro de Recuperação Juiz de Fora Contra as Drogas, nos finais de semana, como voluntária. Mary disse não ter conhecimento de que a profissional estava cedida pela Amac para prestar serviços à Câmara.
       
        Questionada pelos vereadores, Mary, que também é tesoureira voluntária do Centro de Recuperação, disse que nunca recebeu mensalidades na Câmara. Ainda negou que a Koji tenha realizado alguma obra na unidade.
       
       A Comissão de Ética é integrada pelos vereadores Flávio Cheker (PT-presidente), José Sóter de Figueirôa (PMDB-relator), João Evangelista de Almeida (João do Joaninho-DEM), Romilton Faria (DEM) e Eduardo Novy (PSC).

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