Circulação de bicicletas motiva reunião no Legislativo A audiência pública desta terça-feira, (27/04), tratou da circulação de bicicletas pela contramão das ruas e em locais de trânsito exclusivo de pedestres. O vereador autor do requerimento para a realização da reunião, José Tarcísio Furtado (Dr. José Tarcísio - PTC), mostrou-se preocupado com o relatório da prefeitura que dispõe que em 2004 houve 352 feridos por acidentes de bicicleta, quase um ferido por dia. Estes dados se mantiveram altos até 2008. Neste ano, houve 228 feridos, com três mortes. O ano com maior incidência foi 2006. Foram 371 feridos, com dois mortos. O vereador disse que essa audiência deve ser um alerta para que se acabem as mortes por acidentes com bicicletas no município de Juiz de Fora.
Segundo Dr. José Tarcísio, não há legislação própria. O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) diz que isso fica a cargo do município. “Não podemos admitir um acidente por dia, segundo relatório da própria Settra. A bicicleta é boa desde que seja bem empregada. Tem uma parcela mínima da população que vem transtornando nossa cidade, não estão respeitando as leis do Código Brasileiro”, disse.
Dr. José Tarcísio defendeu a construção de uma ciclovia e sugeriu a Avenida Brasil como local. Sugeriu ainda que haja uma faixa para os ciclistas circularem, como proteção para eles. Falou que seria oportuno o impedimento do tráfego de ciclistas na Avenida Rio Branco. Ele pediu também a sinalização com placas do que pode e do que não pode ser feito por ciclistas. O vereador crê que o emplacamento seja válido. E lembrou que há no Código de Trânsito um artigo que penaliza os ciclistas.
O Secretário de Transportes e Trânsito (Settra), Márcio Gomes Bastos, disse que a prefeitura está pensando em fazer ciclovias na Cidade Alta e na Zona Norte. E afirmou que aceita receber propostas concretas. O secretário disse que o problema não é exclusivo de Juiz de Fora. “Sabemos que a atribuição de regulamentar o uso de bicicletas é do município. O ciclista está sujeito a penalidades por desrespeito ao sistema de circulação, a questão séria é a do preço da própria multa que chega perto da bicicleta, o que traz problemas sociais”, falou. Márcio contou que a forma de regulamentação da matéria é bem complexa. E lembrou que a cidade não é tradicionalmente usuária de bicicleta. Ele afirmou que o estímulo do uso também tem que ser dado com garantias de segurança. “Há uma dificuldade para controle deste tipo de veículo, para o uso de bicicleta com segurança. Se essa relação não funcionar bem, teremos um aumento do número de acidentes. Encontramos reais dificuldades em nosso sistema viário, não adianta desenvolver ciclovia e não atender ao ciclista”, advertiu.
A presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública da Zona Norte (Consep), Maria Madalena Calheiros, declarou que algumas pessoas da sua família já foram atingidas por bicicletas. E defendeu a aprovação de uma lei que determine a utilização de buzinas para que os pedestres fiquem atentos. O presidente da Associação dos Agentes de Trânsito de Juiz de Fora, José Dias, defendeu que a bicicleta tenha uma placa para fiscalização e uma regulamentação para isso. “É preciso discutir se é interessante incentivar isso. A saída está em conscientizar a população que precisa ser cortês no trânsito”. Ele pediu o aumento do efetivo de agentes de trânsito
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