Vereadores e delegados da PF debatem combate às drogas

       O tráfico de drogas envolve questões sociais, de saúde e segurança. A declaração foi dada pelo delegado chefe da Polícia Federal, Cláudio Nogueira, durante exposição feita hoje (25/11) à Comissão Especial Parlamentar Antidrogas, integrada por Noraldino Jr. (PSC-presidente), Chico Evangelista (PP-vice-presidente) e Pastor Carlos Bonifácio (PRB-relator), entre outros vereadores. Cláudio Nogueira adiantou que as Polícias Federal, Militar, Civil, Rodoviária e a Guarda Municipal desenvolvem um trabalho conjunto em Juiz de Fora e estão em condições de “dar melhor garantia à nossa sociedade”.
        O delegado entende que a Câmara está cumprindo seu papel, garantindo investimentos da cidade no social e por meio da elaboração de projetos de lei de combate e prevenção ao uso de drogas. Cláudio Nogueira reconheceu o empenho do presidente da Comissão Antidrogas por refletir a postura desejada pela comunidade para os agentes públicos. “A busca de alternativas para a população, que confiou seu voto em vocês, é da maior importância”, disse.
        Ao se pronunciar sobre as festas raves, o delegado manifestou a sua “preocupação crescente com esses eventos, que acabam se transformando em espaços liberados para consumo de drogas”. Noraldino Jr, por sua vez, adiantou a disposição de os vereadores contribuírem para mobilizar o município contra as festas de longa duração também por meio de emendas ao Orçamento Municipal de 2011
        Outro delegado da PF, Humberto de Mattos Brandão, usou o datashow para abordar o panorama da situação em todo o mundo. Ele alertou que o tráfico é uma atividade econômica de baixo investimento e rentabilidade garantida. O faturamento anual no Brasil é de R$ 1,4 bilhão e o mundial chega a U$$ 320 bilhões. Ainda esclareceu que o dinheiro é revertido para outras práticas ilícitas.
        Ele ainda apresentou um quadro demonstrativo das apreensões no município. Em 2009, foram 36 kg de cocaína, 45 kg de crack, 130 kg de maconha, três pontos de LSD e 833 compridos de ecstasy. Até agora, em 2010, foram 20 kg de cocaína, 9 de crack, 250 de maconha, 61 pontos de LSD e 102 comprimidos de ecstasy.