Educadores debatem forma de incentivo a leitura na cidade

       “Democratizar o acesso da população de baixa renda aos livros. Esse é o caminho para promovermos a cidadania, estendendo o direito a uma formação de qualidade a todos os segmentos da população”. Para o vereador Chico Evangelista (PP), autor do requerimento solicitando audiência pública para tratar sobre a prática da leitura nas escolas públicas do município, é preciso adotar mecanismos que provoquem a administração pública e aos educadores a contribuir para a popularização da leitura.
        O vereador é autor de um projeto de lei que cria a Política Municipal de Incentivo à Leitura nas Escolas Públicas da cidade. A idéia é fazer com que os poderes assegurem a formação do leitor em todas as instituições, de modo que as crianças, os adolescentes, jovens e os adultos desenvolvam o prazer em ler textos literários e jornais locais, favorecendo o acesso ao conhecimento e aos bens culturais da humanidade. “Nesta época dominada pela imagem eletrônica transnacional, a educação de nossas crianças, adolescentes e jovens sofre uma dupla deficiência: a incapacidade de expressar o pensamento pela linguagem escrita na língua materna e a ignorância de nossa cultura, de nossa história e até de nossas tradições”, concluiu o legislador.
        Chico Evangelista acredita que a responsabilidade deve ser assumida pela sociedade e, em particular, por aqueles que têm a responsabilidade de direção política da comunidade. Para ele, uma solução inteligente e eficaz para o problema passa necessariamente pela adoção de uma ousada e ampla política de valorização do livro e da leitura, inclusive, a dos jornais, dando destaque aos livros, jornais e autores locais, de Minas Gerais e do país.
        A representante da secretaria de Educação, Ieda Loreiro, disse que a Prefeitura tem implementado a educação com diversos programas de incentivo a leitura. Ela explicou que existem projetos voltados tanto para os professores quanto para os alunos e ensinam, de forma lúdica, o “fazer da leitura”.
       Idéias como incrementar as bibliotecas públicas com atrativos, feiras de livros itinerantes nos bairros e programas voltados para despertar a leitura nos pais foram pontos altos da discussão. “O meu apelo é para que os alunos possam ter uma oportunidade de mudar de vida e nesse sentido, é preciso que os poderes constituídos entendam esse assunto como uma forma de inclusão social, promovendo a capacitação de jovens capazes de exercer a sua cidadania“, disse o vereador.