Publicada em: 25/04/2006 - 315 visualizações

Comissão Especial da Câmara pode ajudar MRS a solucionar problemas nas passagens de nível de JF

Comissão Especial da Câmara pode ajudar MRS a solucionar problemas nas passagens de nível de JF (25/04/2006 00:00:00)
 

Comissão Especial da Câmara pode ajudar MRS a solucionar problemas nas passagens de nível de JF

       A Câmara Municipal vai enviar requerimento ao Executivo, objetivando formar comissão especial composta de vereadores, representantes do poder executivo, sociedade civil organizada e membros da empresa MRS Logística para avaliar e estudar propostas de melhoria para os problemas enfrentados com a passagem da via férrea que corta toda a cidade.
       A proposta foi aprovada pelos vereadores durante reunião extraordinária convocada pela vereadora, 2ª vice-presidenta da Mesa Diretora, Rose França (PTB). Ela afirma que a travessia de trens no centro, em horários de pico, está causando grande tumulto para a população, em todos os aspectos, desde o funcionário que chega atrasado ao trabalho, até a violência aumentada nas regiões periféricas onde a sujeira nas margens da ferrovia e a falta de iluminação e fiscalização facilitam a ação de desordeiros.
       Rose França questionou sobre os horários dos trens e a resolução do problema da falta de cancelas e sinais sonoros em diversos cruzamentos de nível. Queremos que a empresa seja cidadã. A MRS não tem dever contratual nem legal de zelar por Juiz de Fora, mas como usufrui de suas benesses, tem obrigação moral de contribuir, afirmou.
       O vereador Antônio Jorge (PSDB), um dos que defendeu a idéia de formar a comissão, disse que só com a ação simultânea de todos em prol de um objetivo comum é que o problema pode ser minimizado. O vereador João do Joaninho (PTB) solicitou a limpeza das áreas em torno da via. De acordo com ele, é comum o aparecimento de animais peçonhentos e nocivos à saúde dos moradores vizinhos à área.
       O secretário dos Centros Regionais de Juiz de Fora, que também é engenheiro ferroviário, explicou que a via só é utilizada durante quatro horas ao dia e por trens de carga. Se a malha, que corta a cidade, fosse utilizada para o transporte de passageiros, facilitando e barateando o translado, ela não seria vista com tanta má vontade pela população, defendeu.
       Já o secretário de planejamento e gestão estratégica, José Maurício Gomes, informou que há um projeto de construção de via férrea paralela no entorno da cidade, com cerca de 50 km. Uma ação nesse sentido é necessária porém, cara, chegando a cerca de R$ 300 milhões. Outra alternativa em estudo, é o empréstimo de R$ 50 milhões para a construção de passagens de nível. Temos 13 transposições na cidade, sendo que seis delas são mais problemáticas, principalmente da rua Benjamim Constant, informou.
       O gerente de arrendamento e patrimônio da MRS, Sérgio Carrato, disse que empresa gera mil empregos diretos e mais mil indiretos em Juiz de Fora. Com relação aos tributos pagos pela empresa, Carrato certificou que são pagos anualmente R$600 mil de INSS, R$ 60 milhões em ICMS e mais R$300 milhões em tributos federais, além dos R$ 600 mil pagos pelo aluguel da linha do trem.
       Também, segundo ele, são desenvolvidos trabalhos sociais, como a conscientização da população através da distribuição de panfletos informativos, palestras nas escolas e empresas de ônibus e a conservação das margens do rio Paraibuna em trecho de mais de dois km. Quanto à limpeza do entorno da via férrea, apesar de não haver contrato sobre a questão, creio que deva ser responsabilidade da MRS, já que temos responsabilidade pela malha, disse. A MRS arrendou a Rede Ferroviária Federal no trecho entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte, atravessando 105 municípios.
       A empresa não informou sobre os horários de passagem dos trens, a segurança na periferia e a solução que será dada aos problemas com a falta de cancelas e sinais sonoros ou aparelhagem com defeito em várias passagens de nível da cidade.
       Quanto à geração de empregos pela MRS, Rose França afirmou que este fator não poder ser levado em conta, uma vez que é uma relação custo/benefício. O empregado gera divisas e contribui para o crescimento de qualquer empreendimento. Se ele não satisfaz os anseios do empregador, pode ser demitido a qualquer momento. Nesse caminho de mão dupla a empresa em questão não foge à regra.
       

Arquivo de notícias >>>

 


©2025. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade