Portadores de anemia falciforme podem ter passe livre em ônibus

       O projeto de lei autorizando a Prefeitura a conceder passe livre para os portadores de anemia falciforme já foi analisado pelas comissões técnicas da Câmara e pode entrar em votação nos próximos períodos de reunião. A proposta foi apresentada pelos vereadores Isauro Calais (PMN), Flávio Cheker (PT) e Luiz Otávio Fernandes - Pardal (PTB), quando membros da Comissão de Legislação Participativa da CMJF, atendendo solicitação da Associação Municipal dos Portadores de Anemia Falciforme.
       De acordo com o texto, só têm direito ao benefício pacientes que recebam até três salários mínimos por mês. No caso de menores, ficam contemplados os que tenham responsáveis com faixa salarial prevista na lei. O serviço será estendido a um acompanhante.
       Os vereadores justificam a proposta informando que a doença provoca dores intensas, fadiga e, em fases mais agudas, ulcerações nas pernas, o que, segundo a Associação Nacional dos Portadores de Anemia Falciforme, acontece em 25% dos casos, daí a necessidade do transporte gratuito para esse segmento da sociedade.
       Conforme dados divulgados pelo Conselho Científico da Associação de Falcêmicos do Rio de Janeiro, a anemia falciforme deixa as hemácias (células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue) em formato de foice, o que dificulta a oxigenação do corpo, podendo causar danos permanentes no cérebro. O Conselho ainda alerta que as pessoas com o traço da doença geralmente não têm sintomas, porém após um esforço exagerado, como treinamento físico ou subida a lugares muito altos, podem apresentar crises de dor.
       Além de comprovar a renda de três salários mínimos, os interessados em receber o benefício devem apresentar atestado médico comprovando o problema.
       

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