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Flávio Cheker participa do 1º Festival Lixo e Cidadania de Juiz de Fora Formalizar, em um dispositivo legal, a operação da Usina de Reciclagem de Juiz de Fora, dando às associações e cooperativas dos catadores de papel a responsabilidade de estar à frente da atividade, é um dos passos dados no 1º Festival Lixo e Cidadania que acontece até amanhã (24/11). O assunto, que já vinha sendo debatido pelo vereador Flávio Cheker (PT) com os vários segmentos da sociedade organizada, tomou forma durante o evento promovido pela Prefeitura. O próprio vereador, um dos defensores dos direitos dos trabalhadores do setor, admitiu não haver uma política voltada para esses cidadãos, “que são importantes para a preservação do meio ambiente. A atividade desenvolvida pelos catadores de papel, numa sociedade moderna, já é entendido como sendo uma função importante para o equilíbrio ambiental de nosso país. Eles não deveriam estar marginalizados do processo democrático da tomada de decisões que regem a vida dos cidadãos”, disse.
O encontro abriu um fórum de debate sobre o tema, que já vem sendo discutido em importantes cidades brasileiras. Flávio, que vem participando há cinco meses de reuniões de grupos que trabalham com esse segmento, defende a participação dos poderes públicos como suporte à atividade de centenas de cidadãos que fazem do lixo o seu sustento.
Existem, na cidade, mais de cem depósitos e milhares de trabalhadores autônomos ou inseridos em cooperativas e associações, que fazem de Juiz de Fora, um dos maiores pólos de reciclagem de materiais do país. “Acho muito justo que os catadores reivindiquem melhores condições de trabalho e mais apoio dos órgãos públicos”, disse Júlio César Correia, coordenador do Fórum de População de Rua. “Esses cidadãos são pessoas que tiveram perda total em suas vidas, mas ainda sim, estão buscando com dignidade a sua cidadania”.
Para o líder do Governo na Câmara, vereador Paulo Rogério dos Santos (PCdoB) a “franquia da Usina de Reciclagem para os catadores de papel sinaliza a boa vontade política do prefeito Alberto Bejani (PTB) em dar melhores condições de vida para essas pessoas. Paulo disse que o Legislativo terá um papel muito importante na aprovação de mensagens destinadas a dar qualidade de vida ao segmento. Ele defendeu o que chamou de “formatação em lei” a atividade dos catadores na usina, afirmando que, pontuando o tema e o amparando legalmente, a população de rua, que tira do lixo o seu sustento, terá mais dignidade e direitos assegurados.
A secretária interina de Governo e Articulação Institucional, Maria Luíza Moraes, informou que o Executivo já elaborou, em forma de decreto, um documento estipulando que, todo material reciclável, coletado pela administração municipal, será repassado às associações e cooperativas dos catadores. “Esse é apenas o primeiro passo para incluirmos, de forma justa e igualitária, os catadores nas tomadas de decisões do Poder Público”.
Para Cheker, o festival servirá para aproximar a população de rua e os catadores de papel das autoridades, dando condições de serem “seus próprios porta-vozes na reivindicação de seus direitos de cidadãos”. Foram cinco meses aparando arestas e discutindo sobre os desafios sociais que teríamos de enfrentar para entregar aos catadores de papel de Juiz de Fora uma vida mais digna e melhores condições de sobrevivência”. Ele lembrou, ainda, do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Fraternidade e Amazônia” que abordou a questão ambiental do planeta, traçando um paralelo com a atividade dos catadores de papel neste processo de preservação da qualidade do meio ambiente. |
