Publicada em: 23/08/2005 - 431 visualizações

Câmara Municipal discute meio para desenvolver o turismo na cidade

Câmara Municipal discute meio para desenvolver o turismo na cidade (23/08/2005 00:00:00)
 

Câmara Municipal discute meio para desenvolver o turismo na cidade

       Os vereadores Antônio Jorge Souza Marques (PSDB) e Pastor Carlos (PFL) afirmaram que a discussão sobre o turismo em Juiz de Fora deve ser mais aprofundada e, para isso, pretendem solicitar um encontro com o prefeito Carlos Alberto Bejani (PTB). Esse foi o resultado da audiência pública realizada hoje, 23/08, para discutir o desenvolvimento e as políticas turísticas para a cidade. Os vereadores consideraram a reunião pouco produtiva, afirmando que o assunto saiu das linhas técnicas e científicas passando ao corpo a corpo, empirismo e amadorismo. Não desmerecendo os técnicos que aqui estão, gostaria de lembrar que o turismo sempre fez parte do primeiro escalão em qualquer administração, inclusive em nível federal, lembrou Antônio Jorge Souza Marques (PSDB).
       O vereador Dr. Waldir (PTB) fez coro aos colegas afirmando que a cidade não possui um Plano Piloto para desenvolver o turismo e sugere a formação de uma Comissão para estudar políticas e projetos para desenvolvê-lo e incrementá-lo no futuro. Ele ainda afirmou que, até hoje, ninguém foi informado sobre o funcionamento do Conex e nem de como será gerenciado.
       Já o vereador Isauro Calais (PDT) lembrou que a inauguração do aeroporto regional de Goianá-MG está prevista para abril de 2006. Porém não houve diálogo com a comunidade nem com os empresários e principais interessados no assunto, afirmou. Ele foi acompanhado do peemedebista Bruno Siqueira que reconheceu o turismo como algo muito mais abrangente do que o sistema o adotado pelo Executivo. Temos Festa Country, eventos culturais do Pró Música, festas e shows pós vestibular. Tudo isso, incrementa e traz divisas para a cidade, mas precisamos vendê-la como pólo e trazer as comunidades das cidades próximas para Juiz de Fora, disse. O vereador ainda lembrou das verbas alocadas pelo governo Itamar Franco para a construção do Conex.
       Paulo Rogério (PMDB) afirmou que o ponto de vista da Prefeitura sobre o turismo está muito aquém do que ele imaginava. Ele recordou que não há parcerias para facilitar o acesso da população aos roteiros interessantes da região e ainda lamentou que a questão dos artesãos não tenha sido resolvida até o momento. É preciso desenvolver mais eventos que tragam divisas para a cidade, e, acredito que a contribuição turística cobrada por alguns hotéis deve passar de facultativa para obrigatória, isso facilitaria o fomento de estudos na área.
       A coordenadora da Faculdade de Turismo da UFJF, professora Alice Arcuri, argumentou que antes de qualquer estudo, a cidade precisa pensar em qual tipo de turismo ela quer. Ele tem que ser sustentável, não pode penalizar a população, aumentando especulações imobiliárias, por exemplo. A questão social e da violência urbana deve ser muito bem estruturada para evitar problemas e não trazer insegurança para a comunidade, diz a professora.
       O presidente do Visitors Bureau, Marco Antônio Coelho, reclamou da falta de verbas e de capacitação de profissionais para trabalhar na área. O diretor do Sindicomércio, Rui Mussel da Silva, afirmou que não há turismo sem comércio. A abertura não deve ser compulsória, mas para quem acha que assiste ao público que vem a cidade, avalia. O presidente do Sindicato dos Hotéis, bares e similares de Juiz de Fora, Antônio Jorge Marques, confirmou a importância das melhorias no turismo da cidade, uma vez que a rede hoteleira, na maioria das vezes fica ociosa e a cidade, que é pólo gastronômico não é lembrada como tal.
       O diretor do Museu Mariano Procópio, professor Francisco Antônio de Melo Reis, afirmou que uma das principais atrações turísticas da cidade precisa de reformas urgentes e tem a esperança de ela se transforme em Fundação. Assim poderemos conseguir mais recursos financeiros para as obras. Gostaria também de lembrar que o museu e seu acervo não estáticos, mas estão sempre em movimento, pois envolve arte e cultura, além do lazer o conhecimento, explica.
       O diretor do Arquivo Histórico, Henrique Duarte apresentou um vídeo sobre os principais pontos de fundação da cidade, desde 1700, informando que Juiz de Fora faz parte do desenvolvimento do Vale do Paraíba Mineiro e foi o maior centro produtor de café do estado. O Caminho Novo, que é até mesmo a avenida Rio Branco deve ser explorado, assim como as estradas vicinais e as antigas fazendas que formaram a cidade, avalia.
       O subsecretário de Fomento à Indústria, Comércio e Turismo em Juiz de Fora, Júlio Gasparette, afirmou que é preciso sair mais da teoria de partir para a prática. Juiz de Fora tem 477.11 mil habitantes e já estamos promovendo dois roteiros programados do projeto Viver Juiz de Fora, um deles é o roteiro histórico cultural e outro, arquitetônico, explicou. Ele ainda completou que a cidade já está desenvolvendo uma cultura de turismo hospitaleiro, valorizando a identidade local, gerando empregos, estruturando um banco de dados e instalando sinalização apropriada para o tema.
       Estiveram presentes à audiência autoridades de diversas cidades vizinhas à Juiz de Fora, como o representante de Turismo da cidade de Antônio Carlos, Eduardo Vilanova; a secretária de Turismo de Goianá, Talita Duarte de Oliveira; o representante da prefeitura de Bicas, Alexander de Castro; a diretora da Divisão de Turismo da Prefeitura de Coronel Pacheco, Imaculada Fonseca; e o presidente do Circuito Turístico Caminho Novo, de Santos Dumont, Newton Silva.
       

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