Câmara pede comissão para garantir segurança em postos

       Uma comissão formada pelas Polícias Militar e Civil, Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Câmara foi à solução apontada em audiência pública para a falta de segurança dos frentistas de Juiz de Fora. A reunião foi solicitada pelo vereador José Emanuel Esteves de Oliveira (PSC) subscrita pelo presidente do Legislativo, Carlos Bonifácio (PRB).
       “O tema é delicado e requer muita atenção das autoridades”, disse José Emanuel. Outras medidas também foram cogitadas durante a reunião como a instalação de câmeras de segurança em locais que possam dar maior visibilidade aos usuários e melhor iluminação dos estabelecimentos.
        De acordo com os representantes da Polícia Militar as áreas de maior incidência de crimes é a Zona Norte, onde existem 13 postos de combustíveis. Os horários compreendem de 18h às 6h e geralmente os crimes são praticados por usuários de drogas. “A PM tem intensificado a patrulha preventiva, instalou uma unidade de apoio no posto do Jóquei Clube e tem feito regularmente a fiscalização de motoqueiros através de operações nas ruas da cidade”, informaram os capitães Brandão e Justino.
        Para o presidente da Câmara a questão passa pela ociosidade dos jovens das regiões carentes. Ele acredita que uma forma de diminuir a violência na cidade é potencializar o talento desses cidadãos através de programas voltados para cursos profissionalizantes. “É preciso dar melhores oportunidades aos jovens para que eles não sejam presas fáceis da ação e persuasão de marginais”, disse.
        O delegado da Polícia Civil, Eurico da Cunha Neto acredita que a PM teria melhores condições de identificação dos criminosos se houvesse a instalação de equipamentos de segurança mais precisos nos postos. “Nossa investigação acaba ficando comprometida por causa da péssima qualidade das imagens das câmeras”, afirmou.
        Na opinião do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis, Paulo Guizellini o número de agressões a frentistas tem sido a cada ano maior. Ele reclama da falta de uma política mais eficaz de segurança pública e pede urgência às autoridades para que esta questão seja resolvida. “A sociedade não tem idéia dos impactos físicos e psicológicos causados por esses assaltos aos trabalhadores”, revelou.