Publicada em: 22/11/2006 - 173 visualizações

Polêmica sobre meia-entrada é levada a audiência pública

Polêmica sobre meia-entrada é levada a audiência pública (22/11/2006 00:00:00)
 

Polêmica sobre meia-entrada é levada a audiência pública

       Os impactos da meia-entrada em eventos culturais e artísticos da cidade foram tratados em audiência pública realizada hoje (22/11), na Câmara Municipal, por solicitação do vereador Antônio Jorge (PSDB). De um lado, os produtores culturais reclamam de dificuldades. De outro, os estudantes que tratam a questão como conquista histórica. Ao final, ficou clara a necessidade de mais debate. Antônio Jorge lembra que a cidade é notadamente estudantil, fato concreto que se reflete em prejuízo para a produção cultural e, assim, para toda a sociedade. De imediato, o peessedebista argumenta que benefício social deve ser para quem mais precisa dele e adianta que pretende envolver o poder público na questão.
        “O aspecto social não pode ser perdido de vista”, enfatiza o vereador José Sóter de Figueirôa (PMDB), que tem sua opinião compartilhada com Flávio Cheker (PT). O petista lembrou que a facilitação da entrada do público com menor poder aquisitivo é uma tradição antiga, que ultrapassa a existência do Brasil, e acrescenta a isso a importância da sensibilização do artista.
        Bruno Siqueira (PMDB) é defensor da lei, porém sente a necessidade da definição institucional de estudante para a abrangência do dispositivo. O peemedebista alerta que há pessoas fazendo pós-graduação e mestrado que usam a carteira, enquanto outros carentes deixam de se beneficiar. Eduardo Novy (PTB) tem a mesma opinião, o que o leva a defender mais critérios na emissão do documento. Ele ainda se mostra sensível às dificuldades enfrentadas pelos empresários, principalmente por serem responsáveis pela geração de empregos.
        O líder do Governo, Paulo Rogério (PMDB), autor da lei municipal, considera precipitação atribuir ao benefício a crise na produção cultural e observa que a meia entrada realmente não é positiva para os que vêm a cultura como um mero negócio.
        Também participaram da audiência Eduardo Schroder, do Procon; Vanderlei Tomás, da Funalfa; Sérgio Evangelista e Tadeu Santos, produtores culturais, e Fabrício Linhares, do DCE.

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