Vereadora quer discutir condições de trabalho dos policiais em Juiz de Fora

       “Nas ultimas décadas, a violência urbana tem aumentado consideravelmente. Esse fato fez surgir inúmeras discussões e pesquisas sobre o tema, lançando um olhar crítico sobre o desenvolvimento de políticas voltadas para o setor de segurança pública. Esses trabalhos revelam a engrenagem perversa que alimenta o terror nas cidades de médio e grande porte. No entanto, raro são os documentos que concentram o seu foco sobre os agentes responsáveis diretos pela segurança dos cidadãos, os policiais”. A declaração é da vereadora Rose França (PTB) que solicitou uma audiência pública para tratar do assunto.
       A reunião será no dia 9 de janeiro, às 15h, no plenário da Câmara. “Queremos discutir a situação dos policiais com toda a sociedade e com isso buscar melhores condições de trabalho para esses profissionais que arriscam a vida no cumprimento da lei”, disse a legisladora.
       A vereadora Rose França conversou com o delegado Denar Ribeiro Lima, então responsável pela cadeia pública de Juiz de Fora, o Ceresp. Ela constatou problemas de infra-estrutura no prédio como instalações elétricas precárias, banheiros sem condições de uso e rachaduras por todos os lados. “A falta de segurança dos policiais no exercício do trabalho de prevenção e repressão ao crime precisa ser foco de atenção da administração pública, direcionando seu olhar para o agente promotor da segurança pública, o policial, mas pela ótica da sua dimensão humano-social”, afirmou a vereadora.
       De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde, os investigadores, linha de frente do trabalho policial, são os mais expostos aos efeitos da atividade. As doenças de maior incidência são as traumatológicas, com 21% dos casos. Os distúrbios mentais, como esquizofrenia, histeria e distúrbios psíquicos, responsáveis por 9% das doenças, são indicadores do trabalho sob pressão. São também causadas pelo estresse doenças como hipertensão, gastrite e úlcera, que juntos somaram 23% dos casos diagnosticados.
       

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