Câmara discute ensino de xadrez nas escolas públicas A Câmara Discutiu em audiência pública hoje, 21/09, convocada pelo vereador Flávio Cheker (PT), a possibilidade do ensino de xadrez nas escolas públicas de Juiz de Fora. De acordo com Flávio Cheker, essa é uma orientação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC) e da Secretaria Nacional de Esporte Educacional do Ministério dos Esportes. “A idéia é levar o ensino do jogo de xadrez como instrumento pedagógico à rede oficial de ensino, visando à diversificação das atividades e ao desenvolvimento dos alunos. O projeto deve ser implementado em parceria com as secretarias de educação e esportes dos Estados”, explica o vereador.
A secretária municipal de Educação, Regina Célia Mancini, aprovou a idéia, afirmando que já existem duas escolas municipais que já desenvolvem a prática. A E. M. Paulo Japiassú e a E.M. Carlos Drumont de Andrade. Ela sugeriu que os diretores dessas escolas levassem os instrutores de xadrez a uma de suas reuniões ordinárias semanais, para que eles explicassem o processo às outras diretoras e incentivassem o seu uso na escola, já que cabe a cada escola escolher suas disciplinas transversais.
O subsecretário de Esporte, Cultura e Lazer, Ricardo Wagner, também propôs inserir o xadrez nos Jogos Intercolegiais. Isso só não foi possível esse ano, porque a única escola que se habilitou foi a Academia de Comércio. Também estamos promovendo o incentivo ao jogo nas praças de lazer, onde pretendemos colocar mesas com tabuleiros para xadrez e damas.
O professor de xadrez do colégio Vianna Júnior, Evandro Reis, explicou que: “O xadrez combina aspectos esportivos, culturais, artísticos e cognitivos e sua inserção na área educacional contribui para a memorização, raciocínio, resolução de problemas, imaginação espacial e criatividade, em todas as matérias, principalmente na área de matemática e português.” Sua opinião foi compartilhada pelos professores de xadrez do Colégio Militar de Juiz de Fora, Carlos Alessandro e pelo professor da disciplina, que é obrigatória na Academia de Comércio, Stefen Bernwallner.
O vereador José Sóter de Figueirôa (PMDB) aplaudiu a iniciativa de Flávio Cheker afirmando que o xadrez é terapêutico e saudável. Mas, é necessário quebrar o paradigma de que é um jogo para elite, afirmou. O vereador Eduardo Novy (PRP) pediu que fosse instalado um projeto piloto de ensino de xadrez nas escolas da zona rural. Lá as crianças não têm atividades recreativas e estão sujeitas a caírem em todos os tipos de armadilhas da vida, disse. A idéia foi bem recebida pela Secretária de Educação.
Flávio Cheker agradeceu a presença de todos e se disse satisfeito com a reunião. Demos o primeiro passo para a sensibilização da comunidade, comemorou. Ele ainda informou que, desde 2003, o MEC e o Ministério dos Esportes, em parceria com governos estaduais, levaram o Projeto Xadrez nas Escolas às redes municipais de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Teresina (PI). Os alunos puderam ligar a aprendizagem do jogo à de matérias como matemática e português. Segundo Flávio Cheker, foi divulgado pelo MEC, que em seis meses de experiência-piloto, o aumento da participação dos alunos, famílias e comunidade na escola foi significativo e surpreendentes como: melhoria do rendimento escolar dos alunos que jogavam, aumento da atenção e diminuição de conflitos físicos que, às vezes, pedia até a intervenção policial.
Cheker afirma que seria extremamente oportuno que o Executivo refletisse sobre a oportunidade de introduzirem o ensino do xadrez na rede escolar básica, onde haveria um benefício muito grande para as gerações que estão chegando.
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